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domingo, 26 de julho de 2015

SÃO JOÃO ESTREIA COM GOLEADA NA COPA ZONA DA MATA - SUB 20


O passado(Resgate da Memória Esportiva) abre espaço para o presente, onde Marco Aurélio Ayupe faz um incrível trabalho social com nossos jovens.
Trabalhando com diversas categorias de base, Ayupe, que acima de tudo é um formador de cidadãos, iniciou neste domingo mais uma trajetória em busca de novas conquistas. Desta vez foi a categoria sub 20 que estreou na Copa Zona da Mata de Futebol Regional e venceu a forte equipe do Descoberto Minas Clube pelo elástico placar de 5x0.
O JOGO
O Descoberto, comandado pelo competente Bruno Eliziário, começou pressionando desde o início do jogo. Aos 4 minutos, Matheus cobrou falta da direita obrigando ao ótimo goleiro Robinho fazer boa defesa. São João respondeu aos 9 minutos com Juninho finalizando de dentro da grande área, com a bola saindo a direita do, também, ótimo goleiro Júnior.
Aos 19 minutos, depois de mais uma ótima jogada do lateral Dentinho, que cruzou da direita encontrando Ramon pelo lado esquerdo da pequena área. Este escorou de cabeça para o artilheiro Derick abrir o placar. São João 1x0.
No momento em que o Descoberto se preparava para “assimilar o golpe”, Danrley cobrou escanteio na cabeça de Derick que escorou para o meio da pequena área onde Juninho, de pé direito, aumentou para 2x0.
Veio a segunda etapa e São João continuou na mesma pegada. Logo aos 6 minutos, Ramon escapou pela direita e quase ampliou. Aos 11, Danrley faz boa jogada pela direita e chuta cruzado. O ótimo zagueiro Canela, fazendo jus ao apelido, escora de canela para fora.
Mas, aos 14 minutos, Ramon tabela com Michael Robô que lança o atacante em velocidade. Ramon, com muita rapidez e categoria, toca na saída do goleiro Júnior  ampliando para 3x0.
Nesta altura do jogo, a equipe de Descoberto não conseguia se encontrar na partida mas perdia de pé. E viu quando Derick deu passe “açucarado” para Danrley tocar com rara categoria, tirando qualquer chance de defesa para Júnior. São João  4x0.

No apagar das luzes, aos 39 minutos, Michael Robô faz boa jogada pela esquerda e chuta cruzado para Ramon fazer 5x0. 


O amigo internauta deve estar se perguntando: Mas, no início desta matéria o Nei disse que São João venceu a forte equipe do Descoberto... Mas, como é forte se perdeu de 5x0 ?

Reafirmo que se trata de um elenco com jogadores de alto nível técnico e sob o comando do competente Bruno Eliziário. Esta equipe fez apenas um treinamento coletivo antes da estreia nesta competição. Portanto, se o Bruno continuar no comando técnico da equipe, e nenhum jogador “abandonar o barco”, com certeza, este time ainda vai dar muito trabalho aos seus adversários nesta competição.
FICHA TÉCNICA:
Com ótima arbitragem de Bruno Gomes, auxiliado por Azor Marun e Rayan Camargo, São João jogou e venceu com Robinho no gol; Dentinho(Bruno), Noel, Matheus e Willian(Ramon II); Juninho, Richardson, Danrley(Rodolfo) e Michael Robô; Ramon(Goiaba) e Derick(Pelé). Técnico: Ayupe.
Sob o comando de Bruno Eliziário o Descoberto jogou com Júnior; Facão(Marcos), Diogo, Gustavo(Edilson) e Matheus(Vinícius); Douglas, Guilherme(Vanderson), Kaíque(Mílton) e Carlos Henrique; Igor e Wátila.
Neste final de semana nosso representante vai a cidade de Guarani para enfrentar o Tibério que estreou empatando fora de casa com o 15 de Novembro de Rio Novo. Já o Descoberto jogará em casa contra o 15 de Novembro de Rio Novo.
Mais registros:
 Descoberto Minas Clube.

 Rayan Camargo, Bruno Gomes e Azor Marun

 Juninho, Derick e Ramon - artilheiros do jogo

Danrley completa os artilheiros.

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!

sábado, 18 de julho de 2015

EDUARDO ARAÚJO DE PAULA, EDUARDO VANOR.


Foi muito legal ver o Eduardo comemorando seus 44 anos ao lado dos amigos e, em especial, em São João Nepomuceno.

Eduardo convidou amigos da cidade capixaba, de nome Alegre, para fazer uma partida de confraternização contra alguns dos muitos amigos de São João Nepomuceno.

O jogo

Depois que nosso Adil”craque na bola, craque na Vida”, deu o “pontapé inicial”, os visitantes começaram pressionando e obrigando ao ótimo goleiro Carré realizar ótimas defesas.
Mas, aos 15 minutos da primeira etapa, Lucas Mauro brindou a todos com uma pintura de gol. O bombardeio continuou durante toda primeira etapa, onde os amigos de São João tinham mais posse de bola mais não levavam perigo a meta adversária.
Veio o segundo tempo e a coisa mudou. Diego, filho do Anésio e Michael Robo entraram e mudaram a história do jogo. As principais jogadas saíram pela direita. E, em uma delas, Robô escorou cruzamento e empatou a partida.
O time anfitrião dominou todo o segundo tempo. Babado entrou aos 20 minutos do segundo tempo no lugar de Ayupe e teve tempo para chutar cruzado e quase virar o placar. Aos 42, Cascão chutou de fora da área obrigando o goleiro Carlos realizar ótima defesa.
E ficou nisso. Amigos de São João 1x1 amigos de Alegre.
Assista ao vídeo.


A confraternização continuou na bela chácara da Vania, irmã do Eduardo, onde rolou um  churrascão para moçada.

Agradeço ao amigo Eduardo Vanor, carinhosamente chamado pelos amigos de São João pelo carinho.
Detalhe: Eduardo Vanor porque ele é filho do Vanor Vicente de Paula, o nosso Vanor da Força e Luz.
Mais registros:
 Amigos - Paçoca, Zé Maurício, Jairo Biro Biro e Ronaldo Lulu.

 Amigos do Espírito Santo

 Encontro de gerações: Adil e Colero

 Eduardo, Colero e Adil.

 Zagueirão Paulão em grande estilo.

 Lucas Mauro autor de um golaço.


Adil e Eduardo

 Michael Robô empatou a partida.

Antiga  -  Eduardo, Juarez e Adil
Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!

DR. LUIZ PAULA FILHO, O MESTRE ARRUDA.

Advogado, Arruda é Filho dos saudosos Luiz Paula e Terezinha de Jesus Paula.
        “ Minha primeira equipe foi o Mangueira Futebol Clube. Meu primeiro treinador, o saudoso Sr. Osmar, ex-funcionário do Clube. Ele era tipo aquela pessoa que é chamada de “pau pra toda obra”, pois, laborava como porteiro do clube na sede social, cuidava da piscina, marcava o campo, que na ocasião era onde hoje funciona o Parque de Exposições, cuidava do uniforme do time, massagista... Quando algum atleta contundia-se durante a partida, lá estava o Sr. Osmar com uma maleta pequena de madeira, pintada de branco, com uma cruz vermelha, dando aquela assistência ao atleta. 
            Daí a poucos minutos, o jogador estava prontinho pra outra. Ele treinava o time infantil do Mangueira, a primeira categoria que comecei no futebol. Era, sem sombra de dúvidas, um abnegado pelo futebol e pelo Mangueira, sua paixão. Era respeitado por todos. Figura marcante. Tipo da pessoa que faz falta. Deixou saudades.
Eu comecei jogando de lateral direito, mas também joguei de zagueiro, lateral esquerdo e depois fui parar no meio de campo, mais precisamente à frente dos zagueiros, dando cobertura a zaga inteira.”

             Depois da homenagem póstuma ao Lalúcio, gostaria de falar sobre o União. Fui campeão também pelo União Esporte Clube de Roça Grande. Fui convidado pelo Sr. Alzimar, técnico do União, para assistir a partida de estréia do União, que era contra o Tupi em Roça Grande. Para os jovens a menos tempo do que eu, o Sr. Alzimar, a título de informação, foi um grande técnico de futebol, dirigiu, inclusive o Madureira Futebol Clube, da cidade do Rio de Janeiro, onde, juntamente com seu genitor, conhecido como Bossa Nova, prestaram relevantes serviços aquela instituição futebolística. Na sala de exposição dos feitos conquistados pelo Madureira, presente está o retrato de seus principais vultos, entre eles o Sr. Alzimar e seu pai. Continuando, aceitei o convite e fui assistir ao jogo. O primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Tupi pelo placar de 2 x 0. 
                 O União tinha um time de respeito, cuja escalação lembro-me bem: Luiz Quirino de Freitas, Aloísio Caetano, Messias, Evandro e Leoci Fan; Laluce, Delei e Duda; Carlinho Babado, Adão e Nenzinho Tereza. No intervalo, o Sr. Alzimar pediu-me que eu colaborasse com ele e mudasse a roupa para jogar. Você pode achar estranho, jogar assim de repente. É que o campeonato era aberto e as inscrições podiam ser feitas até na 3ª rodada, era a primeira, eu assinei a ficha na hora do jogo, ou seja, durante o intervalo, logo após o convite, e tudo bem.                 O Sr. Alzimar era uma pessoa muito educada, gentil, cortês e acima de tudo convincente, transmitia uma senhora confiança. Pego de surpresa, eu não me contive, pois, além dele, todos os outros jogadores do União, que eram meus colegas de futebol, também insistiram pra que eu mudasse a roupa e entrasse. Não tinha como dizer não. Eu entrei, e logo senti o peso da responsabilidade. Tinha apenas 16 pra 17 anos de idade, considerado uma promessa. Naquele momento senti que eu tinha que justificar a minha entrada em campo. Então me esforcei o máximo que pude, dei sorte, empatamos o jogo 2 x 2, fiz um dos gols e dei o passe para o outro. 
Fui considerado o melhor jogador em campo. O Laluce e o seu irmão Nenzinho então resolveram reforçar o time, ficaram empolgados e trouxeram o Loro, já no final de carreira, como jogava bola; o Tista, o Tumbuta, que jogou apenas uma ou duas partida e depois foi trabalhar na Plataforma Marítima, para quem não sabe, era um dos melhores soldadores da Tekinte, empreiteira da Petrobrás; o Rominho, da vizinha cidade de Bicas, excelente zagueiro que fez dupla de zaga com o Messias; o Fernando, um ótimo centroavante de Cataguases, pra ele não tinha bola perdida e o Getúlio, também de Bicas, centroavante goleador do Leopoldina de Bicas. O plantel ficou recheado de jogadores, as opções eram muitas, o que resultou num senhor time de futebol. O campeonato tinha duas chaves. Fomos campeões invictos da nossa chave e o Descoberto da outra chave. 
A partida final foi no campo do Botafogo e nós fomos campeões. Ganhamos o jogo de 1 x 0, gol do Tista, depois de uma cobrança de falta do Messias, o goleiro tentou pegar a bola em um só tempo, mas não conseguiu, o chute foi forte, como sempre, a bola explodiu em seu peito e veio em direção ao Tista, com um pouco de velocidade. A bola passou pelo Tista que tinha um ótimo reflexo e mesmo de costas para a bola, usou o calcanhar e trouxe de volta a bola em direção ao fundo da rede. Foi um golaço. Uma explosão de fogos, gritos, batucada e tudo mais que se possa imaginar de uma torcida que praticamente era toda nossa. Foi muita emoção por parte de todos. Isso, mais ou menos aos 20 minutos do primeiro tempo. 
No segundo tempo o Descoberto partiu pra cima, era tudo ou nada. Nós levamos um sufoco, eu não gosto nem de lembrar. Quando o jogo terminou, eu não tinha pernas para caminhar. Tive que ser levado nos ombros do José Adário, nosso massagista, uma fortaleza. Esse título foi o mais importante, considero ter sido a chave que abriu as portas para eu jogar nos outros times pelos quais passei, sempre como titular da posição em todos eles.
Sr. Alzimar, Arruda, Tm, Leoci, Ervandro, Messia, Nenzinho e Quirino no detalhe.
Agachados: Carlinhos Babado, Nenzinho Tereza, Duda, Tista, Delei, Getúlio e lalúcio.
Um fato engraçado no futebol.
          "Havia aqui em São João um time que fora formado pelo Nico Barbeiro, Alegria, se não me falha a memória o Valdir Gomes e outros mais. A esse time foi dado o nome de Estrela Vermelha. Nele atuavam os melhores jogadores da cidade, aqueles que jogavam no Mangueira, Botafogo e no Operário. Sempre quando esses times estavam desativados, à espera de outro campeonato, o Estrela Vermelha a parecia com aquele timaço e ganhava de todo mundo. 
           O time ficou famoso, todos os times da região o convidavam pra jogar. Os dirigentes do Estrela Vermelha atendiam ao convite de todos. Certa feita, o Estrela foi convidado para jogar com o time do Lima Géo, uma fazenda antiga que fica entre São João e Rio Novo. O proprietário da fazenda gostava muito de futebol e sempre quando o time dele ganhava algumas partidas ele achava que o time estava bom a ponto de enfrentar um time sempre melhor que o dele e vencer, daí convidava um time bom, como era o do Estrela Vermelha. Convite aceito. 
           O Estrela, naquela época, tinha como treinador o Sr. Rosemburgo. Uma pessoa belíssima amava conversar sobre tudo, principalmente futebol. Estudioso no assunto, inteligente, armava táticas, conselheiro, homem bondoso, correto, um excepcional ourives. Sua oficina era o ponto de encontro dos boleiros da cidade. Conseguir um lugar pra ficar em sua oficina era difícil, tinha que chegar cedo. Rolava uma conversa saudável, prendia a atenção de qualquer pessoa. Era como se você estivesse lendo um bom livro e cada vez mais ele te segurava. O nosso amigo Sebastião Bode, exímio mestre cuca, era o lateral esquerdo do time. Por razões desconhecidas, após a preleção, Rosemburgo deu início à escalação do time e para surpresa de todos ele escalou apenas 10 jogadores, não citando o nome do Sebastião Bode. Todos ficaram surpresos com a sua postura, então ele disse. “o esquema hoje é com 10 jogadores, apenas”, deixando assim o Sebastião Bode de fora. 
      Não demorou nada e o tempo fechou antes do início da partida. Aí foi preciso a participação da turma do deixa disso. Eu confesso que nunca mais vi uma coisa dessas. Foi mesmo muito engraçado. Mas tudo terminou bem e o Sebastião Bode acabou jogando. O Rosemburgo, em matéria de futebol, às vezes era perfeccionista, além de gostar dar uma de inventor. Mas a verdade é que ele sabia tudo de futebol. Dirigiu várias equipes. Era, acima de tudo, um homem admirado e respeitado por todos. Também faz muita falta."
Nico”barbeiro”, Titino, Valdir Gomes, Lucinho, Cabrita, João”preto” e Ronaldo Agripino.
Agachados: Murilo, Messias, Eustáquio, Adilson”brinquinho” e Paulinho Pimentel.

Obrigado ao amigo Arruda por esta entrevista rica em detalhes.
Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!

sábado, 11 de julho de 2015

PAULO GOTTI E O FOLCLÓRICO ONZE de OURO

Eliziário, Carlos Trombini, Alegria, Maninho, Cabo Domingos, Filemont, Zezinho, Carlinho Oncinha e Ernani.
Agachados: Murilo, Memeu, Alcino, Quincas e Milton do Dengo.
Nos anos 60, existiu em São João Nepomuceno um time de futebol com nome de 11 de Ouro. O curioso é que o nome intimidava os adversários, mas o placar raramente era a favor do temido Onze de Ouro. Conversamos com o Paulo Gotti, um dos fundadores do time, que nos relatou o seguinte:
“  Eu sou um dos fundadores do Onze de Ouro.  A ideia da fundação do Onze de Ouro nasceu da necessidade de se fazer exercícios físicos. A turma da noite da Fiação e Tecidos Sarmento tinha como operários Sebastião Ferreira Lima(Elisiário), de saudosa memória, que era o treinador do Onze de Ouro;  José Lorentino Alves, o conhecido Zé Descoberto;  José Augusto Muniz, entre outros que trabalhavam durante à noite e sentiram a necessidade de fazer alguma atividade esportiva durante o dia. Depois de uma reunião, eles decidiram procurar o Sr. Genaro Sarmento, que era gerente da fábrica, para auxiliá-los numa condição para que pudessem exercitar durante o dia. O Eliziário tinha em mente a formação de um time de futebol. Na época, estava em São João um dos acionistas da Fábrica, o Sr. Ortiz Sarmento, que ficou sabendo desta necessidade dos operários. Sensibilizado, o Sr. Ortiz doou 11 pares de chuteiras e uma bola, e orientou os operários a procurarem os dirigentes dos clubes da cidade para ver se conseguiam um campo para as atividades...
Na época, onde hoje está localizado o bairro Popular, existia o campo do saudoso Palestra onde o Onze de Ouro realizava seus treinamento. Detalhe: naquela época, o Sr. Ortiz queria que o time se chamasse Industrial Futebol Clube seguindo as tradições da Fábrica. Em comum acordo, decidiram que este seria o nome. Então, iniciaram as atividades no campo do Palestra, mas o nome Industrial não era simpático aos “olhos da turma”. Eles queriam Onze de Ouro por um simples motivo. O Eliziário, em visita a familiares no Rio de Janeiro, viu no subúrbio carioca um time chamado Onze de Ouro que tinha uma camisa amarela quadriculada de azul. No retorno de uma destas viagens, Eliziário reuniu-se com  a turma e comentou sobre o escrete da Cidade Maravilhosa. Questionado sobre a orientação do Sr. Ortiz Sarmento que sugeriu o nome de Industrial, Eliziário disse o seguinte: “ Não tem problema. Nós mudamos o nome “ Sendo assim, decidiram mudar para Onze de Ouro. Vale ressaltar que o primeiro nome do Onze de Ouro foi Industrial.”
Em que ano surgiu o Onze de Ouro e quando encerrou suas atividades?
- O Onze de Ouro foi fundado em 1962 e terminou suas atividades em 1971.
Qual foi a primeira formação do Onze de Ouro?
- Nico barbeiro no gol; os alas eram Galileu Alves(pai do Cássio diretor do Polivalente) era o zagueiro direito e o Diola que morava no Caxangá era o zagueiro pelo lado esquerdo; a linha de alfs era formada pelo José Lorentino Alves, José Augusto Muniz e José Moisés do Nascimento; a linha era  o João Batista Mendes(Batista marcineiro), Magela Soares Medina(Geraldo Magela da Rádio), Sebastião “mandioqueiro”, eu na meia esquerda e o Cláudio Villa Nova na ponta esquerda.
No início do Onze de Ouro, quem foi o principal destaque da equipe?
- Olha, eu vou te contar. Não éramos bons não. Na verdade, nós não tínhamos espaço nos demais clubes da cidade. Essa era a verdade, pois, a qualidade não era boa em termos futebolísticos. No Botafogo, Mangueira e Operário os jogadores tinham que ter um certo nível, e , honestamente, nós estávamos longe deste nível exigido.
Existiu um feito marcante do Onze de Ouro?
- Nós fomos convidados para inaugurar o campo do Triângulo futebol Clube em Tocantins. Empatamos em 1 a 1.
De pé: Viangre, Mílton, Memeu, Aristides Oncinha, Cabo Domingos, Zé Pretinho e Sr. Muniz(diretor).
Agachados: Braz Peru, Pilintra, Anginho Rigolon, Carlinhos Rebarba e Batista.
- E um jogo para ser esquecido?
- Tivemos uma decepção muito grande quando fomos chamados para fazer a “prova de honra” contra o Flamenguinho de Goianá. Naquela época, pela falta de conhecimento, o Flamenguinho achava que Onze de Ouro, com esse nome, era um time inigualável. Então, formaram uma seleção entre 15 de Novembro e Prainha. Foi uma goleada! 13 a zero.
Lembro-me que, quando chegamos em São João fomos questionados e houve a sugestão de quando fossemos jogar uma partida importante, tivéssemos o cuidado de reforçar a equipe.
E assim foi feito como pode ser observado na foto acima. O Onze de Ouro apresenta, entre outros, o goleiro Aristides Oncinha, Vinagre, Braz Peru, Pelintra, Anginho Rigolon...
O que foi determinante para o “desaparecimento” do Onze de Ouro?
- Com certeza, a construção das casas populares. O Onze de Ouro treinava no campo do Palestra, onde fica o bairro que hoje chamamos de Popular. Aliás, diversas equipes treinaram e treinavam neste campo, como: o Ouro Fino, o Estudantes que era formado por estudantes dos colégios, Duque de Caxias, treinado pelo saudoso Pedro Caxambu, além do próprio Palestra. Em resumo: nosso time estava todo certinho, e tínhamos planos de regularizar a situação jurídica para que pudéssemos participar de competições esportivas. Mas aí veio o Prefeito Dario Medina e disse: “ O campo de você vai acabar; vai desaparecer. O Governo do Estado fez um projeto, e ali serão construídas casas populares...”
E nós dissemos a ele que o campo não poderia desaparecer porque ali treinava um time, além do futebol de São João, praticamente, ter nascido naquele local, justamente, no campo do Palestra...
Como não teve jeito procuramos apoio nos co irmãos (Botafogo, Mangueira e Operário) sem êxito. Eles alegavam que não tinham espaço de horário durante a semana. Ali terminava a história do Onze de Ouro.
Obrigado ao amigo Paulo Gotti que além de um ser humano fantástico nos brinda com a história de São João. Seja ela na área esportiva ou política.
Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!