Neste
sábado(27), teve continuidade o campeonato mineiro de futsal, categoria sub 13.
O Sesi de
São João Nepomuceno voltou a quadra para enfrentar a forte equipe do Sesi de
Juiz de Fora.
A equipe
comandada pelos competentes Bahia e Marcelinho Honório não conseguiu superar o
bom time do Sesi de Juiz de Fora.
No vídeo abaixo você verá que até os
primeiros 8 minutos da primeira etapa parecia que São João conseguiria impor
seu futebol. Fez 1 a 0 com Luís Gustavo e tinha o controle da partida. Mais
Ivan, técnico do Sesi Juiz de Fora, promoveu a entrada de Mateus Silva que
mudou a história do jogo. Mateus deu mais movimentação na parte ofensiva e
também na criação das jogados. Aos 10 minutos, Gabriel empatou através de
cobrança de penalidade máxima. Não demorou para Igor virar o placar fazendo 2 a
1 para Juiz de Fora. Antes do término da primeira etapa, o ótimo Mateus Silva
ampliou para 3 a 1.
Veio a
segunda etapa e o panorama não mudou. Sem poder de reação o Sesi de São João viu
Mateus Silva ampliar para 4 a 1.
O Camisa 11,
em jogada de categoria, tirou o goleiro Bochecha da jogada e fez um belo gol.
Bahia e Marcelinho, acreditando que a equipe pudesse reagir, promoveram algumas
mudanças. Entraram Pedro e Gustavo Paulino mais, num primeiro momento, não
surtiu efeito. O Sesi São João viu o seu xará aumentar o placar com Gabriel em
cobrança de mais um pênalti. A esta altura, já desorganizado e desanimado em
quadra, os atletas do Sesi São João estavam sem poder de reação.
Aproveitando
eesta situação, o Sesi Juiz de Fora aumentou para 6 a 1 através de Israel.
Luís Gustavo
diminuiu para 2 a 6 após toque da Arthur em cobrança de falta.
Peço
desculpas por ter pedido o gol mais bonito da partida. Gustavo Paulino, em
jogada individual, girou por cima da bola livrou-se de dois marcadores fez um
lindo gol.
Final Sesi
SJN 3 x 6 Sesi Juiz de Fora.
Sesi São
João Nepomuceno começou a partida com Buchecha no gol; Gustavo, Rodrigo, Mateus
e Arthur. Também fizeram parte do grupo Gustavo Telson, Luís Gustavo, Pedro,
Léo, Guilherme, Debortoli, João Lucas e Gustavo Paulino.Técnicos: Bahia e
Marcelinho.
Sesi Juiz de
Fora comandado pelo competente Ivan iniciou o jogo com Lucas no gol; Gabriel,
Emanuel, Igor e Vinícius. O grupo foi formando ainda pelos atletas Guilherme
Silva, Guilhrme Campos, Luís Felipe, Mateus, Leonardo, Mateus Silva, Welerson e
Israel. Técnico: Ivan.
Ambas as
equipes estão classificas para segunda fase do campeonato mineiro de futsal,
categoria sub 13.
Nos próximos
dias sairá a tabela com os classificados nos outros grupos.
Elias”Lalúcio”Nassif
foi um dos grandes nomes do futebol de São João. Conhecido em toda região pelos
potentes chutes de direita e por comandar o, quase imbatível, União de Roça
Grande. Pai de cinco craques de futebol, Toni, Zeca, Marco e Eduardo no futebol
masculino e Sarah no feminino, Lalúcio nasceu em 19 de junho de 1938 e faleceu
em 09 de outubro de 2013. Com a ajuda de Eduardo Ayupe, seu filho e meu
amigo/irmão, fiz entrevista com o Lau no ano de 2011. O material dá para
escrever um livro, mas, vou tentar sintetizar nesta coluna.
“Eu
comecei no Mangueira. Naquele tempo, meu pai não deixava a gente sair de casa.
Mas o Bolote ficou sabendo que eu era um bom jogador e veio em Roça Grande
conversar com meu pai. Com você o menino pode ir! Disse meu pai ao Bolote.
Fiquei pouco tempo no Mangueira. Minhas coisas somiam no vestiário e eu não
gostava daquilo. Logo em seguida fui para o Operário(1955, com 16 para 17
anos). Joguei com Jair Paraíso, Tuca, Shimith, Deacir, Gute, Gregório,
Tininho... Minha estreia foi contra um time de Juiz de Fora. No time deles
tinha um jogador que jogava muita bola; Maradona “purim”. Só no primeiro tempo
ele fez dois gols. Tinha chovido muito e o campo do Operário não tinha um fiapo
de grama. Eu dei uma entrada nele e saímos rolando no barro. Isso o amedrontou,
fazendo com que se escondesse no jogo. Depois deu umas faltas contra o time
deles e o Schimith foi bater. O Schimith botava a bola onde queria. Mas com
aquela chuva não teve jeito. A bola estava muito pesada. Ele cobrou e a bola
nem chegou no gol. Como eu já era autoritário desde moleque falei: na próxima
falta eu que vou bater. Eu fiz dois gols e empatei o jogo. A bola saía até
voando, pois, eu tinha muita força na perna. Depois nós ainda viramos o jogo.
Em 1956, fui para o Botafogo e lá fiquei por 10 anos. Em 62, teve um jogo
inesquecível contra o Mangueira. Segundo
tempo, 44 minutos, bola na área do Botafogo. Eu protegi para saída do goleiro
Ratinho(Onei). Ao invés dele pegar a bola ele pegou a perna do atacante. O
juiz, “peitudo”, marcou pênalti. O Ratinho começou chorar. Aí, eu peguei e
esfreguei a cara dele na poeira e falei: Levanta rapaz! Ainda dá tempo da gente
empatar. Parecia que eu estava adivinhando. Eles fizeram 1 a 0 e na nova saída
de bola eu falei com o companheiro: toca pra mim que eu vou lá dentro do gol
com essa bola. Veio dois em mim. Eu dei uma pregada em um, mas o juiz deu falta
a nosso favor. A falta foi uns 5 metros além da linha do meio campo e o Quirino
pediu 10 na barreira. Esse dia eu enganei ele. Fiz que ia chutar forte e peguei
por baixo da bola. Ela entrou lá no ângulo. Dez na barreira rapaz; como é que
eu ia bater forte? Eu bati de curva e o Quirino caiu lá dentro do gol com bola
e tudo. O torcedor do Mangueira quebrou o alambrado e invadiu o campo. Era
uma rivalidade danada rapaz.
Paulo Onofre, Alfeu, ZeéHeleno, Adauto Maia, Zé Acrisio, Lalúcio e Marialva.
Agachados: Floretinho, Emílio Vitói, Colero, Guará e José Júlio
No ano de 1973, fui campeão com o União de Roça
Grande no primeiro campeonato organizado pela Liga de Futebol de São João.
Antes do
campeonato teve uma reunião no Mangueira mas o pessoal não queria que o União
entrasse na competição. “Todo mundo vai querer jogar para o time do Lalúcio!”
Eles falavam. Aí eu disse: vocês escolhem os jogadores e o que sobrar é meu.
Olha o resto que eles deixaram: Quirino, Messias Pilão, Duda, Carlinhos“babado”,
Wanderlei do Zé Descoberto, Tista, e por aí vai.
A decisão
foi contra o Descoberto Futebol Clube. O campo do Botafogo estava lotado. Não cabia
mais ninguém. Foi um jogão. Nós ganhamos de 1 x 0, gol do Tista. A bola foi
cruzada na área, o Tista passou pela bola mais, de calcanhar, ele conseguiu
tocar na bola para o fundo do gol. Golaço!
Guará, Quirino, Lalúcio, José Marcelo, Ribita e Cacau.
TONI : O meu filho Toni era igual
esse Falcão do futsal. Ele fazia o que queria com a bola. Quando tinha uns 15
para 16 anos, jogando contra um time bom aí do Marquinho da SEG, ele chegou lá
no botequim e falou: Pai eu vou lá no campo fazer 5 gols no time da SEG. Daqui
a pouco eu to aí. Daí “muncadinho” ele chegou e eu falei: Ô Toni, você não vai
jogar? Ele respondeu: Ô Pai, eu já fiz os 5 gols. Ô moleque danado sô! Ele
pegava a bola e ninguém tomava. Era muito inteligente. Nasceu para aquilo.
No Vasco
treinei junto com o Belini, Otum, Walter, Valfrido, Pinga, Vavá, Wilson
Moreira... Eu treinava muito e, às vezes, dava aquele chutão para impressionar.
Jogava a bola lá na piscina de São Januário. Fiquei no Vasco 8 meses, mas, só
joguei amistoso.
“CAUSO” : Eu sempre contei pra Sarah, minha filha, que isso que o Higuita
fez de deixar a bola passar e puxar com o pé, eu já fazia a muito tempo. Ela
estava num bar lá em Juiz de Fora e passou o lance na televisão. Um senhor que
estava atrás dela comentou: Eu já vi um homem fazer isso aí lá de Bicas! Aí a
Sarah interessou e perguntou: Quem é esse homem lá de Bicas? O senhor respondeu:
o Lalúcio. A Sarah ficou numa alegria e quando encontrou comigo me disse: Agora
eu acredito no senhor.”
Lalúcio, Teleco, Grande, Grillo, Chuchu, Elmo e Zé Dalmo.
Eduardo Ayupe, Toni, Zeca, Marco Ayupe e Toninho Tereza
Detalhe: clique nas fotos para ampliá-las. Wellington Tavares
Fajardo( Etinho) é filho de Welington Miranda Fajardo(o Guarda) e Marilis
Tavares Fajardo. Casado com Ivelise Henriques Fajardo e pai de Vítor e Lucas
Henriques Tavares Fajardo, Etinho é natural de Leopoldina-MG, mas já recebeu
título de Cidadão Saojoanense. Em São João passou sua infância atuando nas
categorias de base do Botafogo e Mangueira.
“ Morei em São João até meus 16 anos e joguei no
Mangueira e Botafogo. Mas, não posso deixar de ressaltar que minha iniciação
esportiva foi no Instituto Barroso onde havia muito incentivo a prática
esportiva de todas as modalidades. Inclusive futebol onde tive oportunidade de
atuar várias vezes.”
Nesta
época, antes das partidas, qual atacante “tirava-lhe o sono” ?
- Eram muitos atletas de excelente qualidade
técnica. Difícil destacar um, mas posso mencionar o Carrada, Deuver, Carlinhos
Rocha, Bolotinha, Bengó e tantos outros que peço desculpas por não citar, senão
ficaria só nessa pergunta...
Ainda em São João, uma partida que ficou
marcada em sua memória?
- Por incrível que pareça, o jogo que
ficou marcado na minha memória foi entre Instituto Barroso e Augusto Glória. Eu
defendia o Instituto Barroso e a partida terminou empatada em 2 a 2. Fomos para
os pênaltis e eu peguei o último que deu o título do torneio ao Instituto
Barroso. Fui cumprimentado dentro de campo pelo Sr Ubi Barroso, por quem tínhamos
respeito e admiração. Foi um momento de muita emoção.
De pé: Buzina, Pedro, Joaquim, Júlio Macu, Antônio
Carlos Albertoni, Bolinha, Etinho, Valmir Pilão, Dé, Serginho, Maurício e
Juarez.
Agachados: Marquinho do Cid, Eduardo “pega vivo”,
+Carlinhos Rocha, Bacalhau, Eduardinho, Barriquinha, Carioca, Pimentinha e
Bolotinha.
São João para Belo Horizonte, como foi esta
transição? Em que ano foi; quem te levou e pra qual equipe?
- Foi em Fevereiro de 1978 através do
José Américo Campos, conselheiro do América Mineiro. Fiz um período de teste e
fui aprovado, retornando dia 05 de Março de 1978 como jogador da equipe sub 17
do América. Não é fácil você largar família, amigos e a cidade onde foi criado.
Mas minha determinação era tanta que essa transição foi tranquila, pois tive o
apoio do meu pai e minha mãe que sabiam do meu sonho de me tornar um atleta de
futebol profissional.
Nas categorias de base do América, em qual
momento ( ou depois de qual temporada ) você sentiu que a chance de se tornar
um jogador do futebol profissional estava próxima?
- Tudo é muito difícil, e eu naquela
fase de categoria de base já agia como profissional, tanto dentro quanto fora
de campo. Tentava aproveitar todas as oportunidades com muito empenho em
qualquer chance que tinha de mostrar meu futebol, mas teve um jogo da equipe
sub 20 do América contra o Cruzeiro no Mineirão, preliminar de um clássico, e
eu fui escalado como titular mesmo com 17 anos. Ganhamos o clássico de 1 x 0,
eu fiz uma boa partida numa categoria acima da minha. Acredito que a partir daí
as portas do clube foram se abrindo. Também teve uma convocação para a seleção
mineira sub 20 que foi dando crédito para os diretores me observarem com mais
atenção.
Em que ano fez a primeira partida no “time de
cima” do América? E quando assinou seu primeiro contrato como jogador
profissional?
- Em
1979, eu ainda era juniores e estava na reserva do profissional quando o
goleiro Hélio machucou e eu tive que entrar no intervalo. O jogo foi contra o
Guarani de Divinópolis pelo Campeonato Mineiro. Assinei meu primeiro contrato
profissional em março de 1981 e atuei como profissional pelo América até julho
de 1986 quando o Cruzeiro comprou meu passe. No total, entre categoria de base
e profissional, defendi o América por 9 anos. Como profissional, defendi o
clube por 158 jogos.
Receber o Troféu Guará no ano de 1985 (título
concedido ao melhor goleiro do certame), “superando” os já consagrados João
Leite do Atlético e Luís Antônio do Cruzeiro, foi o momento mais marcante em
toda sua carreira?
- Foi
até aquele momento da minha carreira o momento mais importante. Principalmente
por ter como concorrentes os goleiros acima citados, principalmente o João
Leite que já vinha sendo convocado para a seleção brasileira daquela época.
RECEBENDO O TROFEU GUARÁ
8 - Em que ano você chegou ao Cruzeiro, quais
campeonatos disputou, quantos títulos conquistou e quantas atuações com a
camisa celeste?
- Cheguei em Julho de 1986 e joguei
pelo Cruzeiro exatos 80 jogos. Sou o 15º goleiro que mais jogou com a camisa do
Cruzeiro dos 90 goleiros que passaram pelo clube. Pode parecer pouco, mas atuar
por um gigante do futebol brasileiro, onde a cobrança é muito grande não foi
fácil. Principalmente numa época que marcou a transição vitoriosa do Cruzeiro,
já que no final dos anos 80 e a partir dos anos 90 foi que o clube superou, em
muito, as conquistas do seu principal rival que é o Atlético. Ganhamos o
Campeonato Mineiro em 1987, também, em 1986 e 1988, fizemos excursões pela
Europa onde fomos campeões de vários torneios importantes, colocando o Cruzeiro
novamente em evidência naquele continente. Além de termos em 1988 sido
vice-campeões da 1º Supercopa da Libertadores da América perdendo para o Racing
da Argentina na final. Chegamos também nas Semifinais do Campeonato Brasileiro
de 1987 perdendo para o Internacional que depois perderia o título para o
Flamengo.
“ Hoje foi meu dia ! ” No futebol profissional,
qual partida você terminou com este sentimento?
- Sem
dúvida foi a partida de ida da semifinal da Supercopa da Libertadores em 1988
contra o Nacional de Montevidéu. Apesar da derrota, ganhamos no jogo de
volta no Mineirão e fomos a final.
A competição Super Copa dos Campeões das
Libertadores em 1988 foi a mais importante de sua carreira? Fale um pouco deste
torneio.
- Foi sim, principalmente por aquela
competição só contar com as equipes que já tinham sido campeões da Libertadores
até aquela data. Portanto, somente times tradicionais e importantes da América
do Sul. Ganhei a condição de titular no segundo jogo contra o Independiente
da Argentina e mantive até a final.
Aquele foi um grupo que merecia o título, pois, tínhamos o Careca na Seleção
Brasileira em grande fase. Mas pegamos na final um Racing que possuía um grande
time. O goleiro Ubaldo Fillol, o zagueiro Oscar Ruggeri da seleção Argentina,
Mendonza ponta esquerda da Seleção Paraguaia e Rubens Paz da seleção Chilena. Mas
no fundo, apesar de tudo, fica a decepção de termos chegado tão próximo e não
conseguirmos o título de campeão.
Você jogou contra o atacante Reinaldo? Ele foi
o mais talentoso entre todos os enfrentados?
- Joguei
muito contra o Reinaldo, tanto defendendo o América quanto o Cruzeiro. Mas foi
uma época difícil para os goleiros mineiros já que também no Atlético tinha
grandes chutadores como Éder e Nelinho. Destaco, também, Evérton e o Zenon, que
não tinham tanta fama mas foram excelente jogadores.
De pé: Ademar, Balu, João Batista,
Geraldão, Wellington e Andrade.
Agachados: Robson, Douglas, Eduardo,
Ernani e Edson 2
“ São João um celeiro de craques de futebol.”
No mesmo período que você esteve no Cruzeiro, o Adil, Zé Luiz e Kilin também
estavam lá. Antes, Piorra e Claudinho Manzo atuaram nas equipes da base. Na sua
opinião, o que mudou para os dias atuais onde não conseguimos mais esta
façanha? Foi a safra?
- Não é só a safra.
Muita coisa mudou, principalmente, no futebol que se joga hoje. Nesta época em
que você citou o jogador que não tinha técnica apurada passava vergonha, pois o
nível era muito alto. Hoje é diferente, se destaca o jogador que tem boa
condição física, inteligência tática e intensidade de jogo. Também, tem muita
diferença no sentido extra campo. Imagina bem: naquela época fui levado por um
conselheiro do clube para fazer teste e minha transferência do América para o
Cruzeiro foi feita de presidente para presidente. Coisa inimaginável nos dias
de hoje. O futebol atual está cheio de pessoas que entendem de negócio e não do
jogo propriamente dito. Embora estando num país democrático e livre que todos
têm os mesmos direitos, mas a interferência dos agentes, empresários e
procuradores de atletas modificaram muito as avaliações de quem é bom, médio e
ruim. Na minha opinião, no futebol atual, nem sempre jogam os melhores
jogadores e o mesmo acontece com os treinadores. Os interesses comerciais estão
acima do jogo; situação que eu discordo totalmente e tenho tido problemas na
minha carreira como treinador por fazer sempre prevalecer à qualidade técnica e
física do atleta. Enfim, vou continuar fazendo a minha parte no que acho
correto e esperando que um dia as coisas mudem nesse sentido.
Depois do Cruzeiro, quais equipes você defendeu
até o encerramento da carreira?
- Villa Nova GO, São José SP, América
SP, Villa Nova MG e já no final da carreira terminei jogando em outros times do
interior de MG.
JUNTO DE SUA COMISSÃO TÉCNICA - TUPI 2008
Quando apareceu a primeira oportunidade para
iniciar a carreira de treinador de futebol?
- Eu comecei como treinador em 2001
no Tupi, mas fiz algo diferente depois de ter passado por outras equipes. Decidi
que era hora de agregar valores ao meu currículo, já que era apenas um ex atleta
de futebol treinando equipes. Em 2005 iniciei o curso de Educação Física na
Universidade Salgado de Oliveira e me formei em 2008. Neste mesmo ano voltei a
trabalhar no Tupi e fomos Campeões da Taça Minas Gerais vencendo o América na
final. O mundo do futebol não se importa muito com a qualificação dos seus
treinadores, e sim o que é mais conveniente. Mesmo sendo ex atleta, tendo
trabalhado com vários treinadores de renome nacional e ainda tendo uma formação
acadêmica, esperava que pudesse dar um salto de qualidade na minha carreira; mas
não houve mudança. O mercado do futebol
não se importa com a formação de seus treinadores.
Até aqui, quais equipes já comandou e qual o
momento mais importante nesta nova função?
-
Tupi 4 vezes, Uberlândia 5 vezes, Democrata 2 vezes, Villa Nova 2 vezes,
Sobradinho e Francana. O título da Taça Minas Gerais foi um marco pra mim e
para o Tupi, pois até então foi o primeiro título do clube na primeira divisão.
Mas ter conseguido tirar o Uberlândia do rebaixamento em 2009, pegando a equipe
com zero ponto na quarta rodada e ainda classificando para a série D, foi muito
importante. Este ano também, foi bom, pois classificamos o Villa Nova para a
Copa do Brasil de 2016 e Campeonato Brasileiro da série D de 2015.
16 - É
um sucesso a Escola de Futebol Welington Fajardo. Fale deste projeto.
- Foi
um projeto iniciado em 2010 pelo meu filho Lucas Fajardo e eu o auxiliando.
Começamos com muita dificuldade e hoje o projeto se expandiu, se tornando
altamente social, dando oportunidade há várias crianças que não tinham. Temos
como lema: “Ensinando mais do que jogar futebol”. Pois, nem todos poderão se
tornar atletas de alto nível, mas a formação do cidadão é a nossa prioridade.
AMÉRICA-MG - CACAU, JOÃO BATISTA, ERALDO, GERALDO, RENATO e WELLINGTON.
ADILSON, MARQUINHOS, IDEVALDO, PALHINHA e ALMIR.
VÍDEOS
Obrigado ao amigo Etinho pela
brilhante entrevista.
Amauri, Altair, Zé Luiz, Quirino, Marco e Teotônio
José Luiz Gomes de Pinho, o Zé Luiz, foi um atacante de rara
habilidade, técnica e elegância no trato com a bola. Nasceu em São João
Nepomuceno no dia
21 de maio de 1964. Nos anos 80, ao lado de Reinaldo e Careca, Zé Luiz foi um dos
maiores atacantes daquela década e um dos melhores que vi jogar. Ele é filho de
+Wilson Pinho(Wilson Grande) e +Celestina Gomes Pinho. Nosso entrevistado é irmão
de Davi Antônio Pinho, +Rosangela Pinho e Wilson Pinho Filho. Zé Luiz é casado
com Cirlene Souza Pinho e deste matrimônio nasceram os filhos Stéfano Souza
Pinho(atualmente fazendo sucesso no futebol dos Estados Unidos), Mathues Souza
Gomes Pinho e Thúlio Souza Pinho.
“ Antes de tentar a sorte no futebol profissional,
joguei em São João no Botafogo e no Operário. Neste período, antes das
partidas, o zagueiro que tirava meu sono era o Kilin. Muito bom.”
Ainda em São João, uma partida que ficou
marcada em sua memória?
- Seleção de São João 2x2 Seleção de Juiz de Fora
em 1982. Precisávamos da vitória, mas uma combinação de resultados nos
proporcionou passar para outra fase e jogar em Belo Horizonte. Esta partida foi
muito importante, pois, na capital me viram jogar e acabei indo para o
Cruzeiro.
Agachados:
Geraldo Bengó, Kim, Savinho, Banguelinha, Zé Luiz, Carrada, +Tico e Gilvas.
Nas categorias de base do Cruzeiro, quantos
títulos você conquistou? Foi artilheiro em quantas temporadas?
Fomos campeões em 83 e fui artilheiro com 22 gols.
Em 84 fui vice artilheiro com 19 gols.
Em que ano você fez a primeira partida no “time
de cima” do Cruzeiro? E quando assinou seu primeiro contrato como jogador profissional?
- Meu primeiro jogo foi contra o Brasil de Pelotas na antiga Copa Brasil.
Assinei meu primeiro contrato em 1984
“ Hoje foi meu dia ! ” No futebol profissional,
qual partida você terminou com este sentimento?
- Eu jogava no Democrata de Sete Lagoas e ganhamos
do Rio Branco de Andradas por 5x0. Fiz três gols e dei passe para os outros
dois. De quebra, fui eleito o melhor jogador em campo. Então, desta forma, não
poderia ter sido melhor.
No futebol profissional, você jogou contra
grandes defensores. Teve um que lhe preocupava por ser muito técnico ou
desleal?
- Neste período, tinha o Luisinho que era zagueiro
do Atlético Mineiro e da Seleção Brasileira. Jogava demais. Por outro lado,
tinha um tal de Walter Lobão que batia pra caramba.
“São João um celeiro de craques de futebol.” No
mesmo período que esteve no Cruzeiro, o goleiro Welington, Adil e Kilin também
estavam lá. Em sua opinião, o que mudou para os dias atuais onde não
conseguimos mais esta façanha? Foi a safra?
- Na minha opinião, o que mais contribuiu pra isso foram
os empresários. Tem menino de 10 anos que já tem empresário. Eles pagam para
colocar seus jogadores nos clubes e isso tira o espaço daquele que vai lá fazer
um teste sozinho. Deste jeito, hoje, está muito difícil encaixar um jogador.
Depois do Cruzeiro quais equipes você defendeu
até o encerramento da carreira?
- Depois do Cruzeiro estive no Democrata de Sete Lagoas, Tupi de Juiz de
Fora, Cabofriense, Valério Doce, Deportivo Itália da Venezuela, Galícia da
Bahia, Diplomata de Washington-Estados Unidos, Figueirense, Brasil de Pelotas,
Águila da El Salvador, Americano de Campos... Em algumas dessas equipes, joguei
por duas vezes.
Jogando a Libertadores pelo Deportivo Itália da Venezuela
A maior alegria em toda carreira.
- Um gol que marquei em amistoso contra o Leon do
México no Coliseu de Los Angeles. Foi um jogo de entrega de faixas para o Leon
e ganhamos por 1x0. Esta partida foi em
1991 e eu estava no Águila de El Salvador.
O momento para se esquecer.
- Contusão que me tirou do futebol em 1991
Qual o melhor dirigente?
- Carmine Furleti. Era presidente do cruzeiro
quando sai da base
E o melhor companheiro de ataque?
- José Carlos Matos ponta esquerda do Democrata.
Obrigado ao amigo e compadre Zé Luiz por me
conceder esta entrevista.
O Zé Luiz não disse nesta entrevista, mas quero
deixar registrado. Nosso craque foi vice artilheiro do campeonato mineiro de
1988 jogando pelo Democrata de Sete Lagoas. Zé marcou 15 gols, um gol a menos
que Hamilton do Cruzeiro.