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domingo, 29 de janeiro de 2012

WELLINGTON FAJARDO COMEÇA MUITO BEM!

O Villa Nova, 1º campeão da série B do campeonato brasileiro, iniciou o campeonato Mineiro-2012 de forma excelente. Sob o comando do competente técnico Wellington Fajardo, o Leão do Bonfim venceu fora de casa a boa equipe do Guarani de Divinópolis.

Em jogo equilibrado e marcado por muitos cartões (amarelo e vermelho), o Vila Nova se impôs e logo aos 15 minutos do 1º tempo vencia pelo placar de 1x0. O lateral direito Alex Santos abriu aproveitou um rebote da defesa do Guarani e da entrada da área soltou a bomba que entrou no ângulo do goleiro. O primeiro tempo ficou assim: Vila 1x0 Guarani.

No início da etapa final o zagueiro Carciano do Villa foi expulso. O Técnico Wellington Fajardo optou por sacar Francismar e promover a entrada do zagueiro Heitor. Com um jogador a mais, o Guarani partiu pra cima e conseguiu o empate aos 19 minutos. Após escanteio cobrado por Alex, Eli Tadeu empatou para o Guarani.

Bem orientados por Wellington Fajardo, os jogadores do Villa partiram para a vitória. Em mais um ótima jogada de finalização do lateral Alex, o time de Nova Lima chegou ao gol da vitória. Isso aos 30 minutos da etapa final.

O gol do Villa tirou qualquer tipo de reação do time e da torcida do Guarani. Final Guarani 1x2 Villa.

O próximo jogo do Villa Nova será em Nova Lima, domingo(05/02), às 17 horas, contra o Uberaba.

Parabéns ao competente e vitorioso técnico Wellington Fajardo que, sem dúvida nenhuma, fará uma ótima campanha frente a equipe do Villa, tornando-o um dos favoritos ao título do Mineiro de 2012.

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser.

sábado, 28 de janeiro de 2012

MARACANÃ: MAIS CHARMOSO E IMPONENTE?


Mesmo morando em São João Nepomuceno, zona da mata mineira, já assisti mais de 30 jogos no "Maraca". Na verdade, o jogo era um detalhe. O gostoso era estar naquele estádio charmoso, imponente, o maior estádio do Mundo. O Maracanã sempre me atraiu.

Mas, em 2013 quando o estádio for entregue, ao entrarmos no estádio, será que sentiremos a mesma emoção ou teremos a impressão que somente o "lote" foi aproveitado?

Abaixo, matéria do globoesporte.com sobre as reformas do Eterno Maior Estádio do Mundo.

Novas arquibancadas do Maracanã começam a ser montadas

Palco da final da Copa de 2014 ganha novas formas. Previsão é que o
estádio seja entregue em fevereiro de 2013

A pouco mais de um ano do prazo para a conclusão das obras (o estádio está previsto para ser entegue em fevereiro de 2013), o Maracanã começa a ganhar novas formas em sua preparação para a Copa do Mundo de 2014. A montagem das novas arquibancadas começou e, de acordo com o governo do Rio de Janeiro, foi antecipada em um mês.

O estádio já ganha novos contornos em sua parte interna. A rede de drenagem ao redor do campo, com dois metros de altura e 1,20m de largura, está sendo finalizada, enquanto a mureta que irá separar a arquibancada do campo já está pronta. A arquibancada inferior começa a tomar forma, com a construção da estrutura, o aterro da área e a instalação dos pré-moldados.

De qualquer ponto do Maracanã será possível ter visão completa do campo. Da mesma forma, a nova cobertura, em lona antiaderente, cobrirá todas as cadeiras do estádio.

- O torcedor vai ficar mais perto do campo e assistirá aos jogos em posição privilegiada, uma vez que a parte superior vai avançar 12 metros em direção ao gramado. Não haverá mais pontos cegos no estádio – afirmou o secretário de Obras, Hudson Braga, ao site do governo do Rio de Janeiro.

O novo Maracanã terá um só lance de arquibancadas, sendo as partes inferior e superior separadas por 110 camarotes. A distância entre as cadeiras também passou de 48 centímetros para 50 centímetros, enquanto as cadeiras passarão a ser rebatíveis.

Orçado em R$ 859 milhões, o novo Marcanã receberá sete jogos do Mundial, incluindo a decisão no dia 13 de julho de 2014. A Seleção Brasileira só jogará no estádio caso chegue à final da Copa do Mundo.
Fotos: Divulgação / Governo do Rio de Janeiro

Até a próxima se Deus quiser.

domingo, 22 de janeiro de 2012

CARIOCA 2012 - DEU A LÓGICA NA 1ª RODADA

Imagem: hipersessao.blogspot.com

Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco fizeram o que seus torcedores esperavam. Passaram com facilidade por seus adversários.
No sábado o Flamengo venceu o Bonsucesso pelo placar de 4 a 0. Na verdade, eu esperava mais do time comandado pelo Wilson Gottardo.
O Fluzão atropelou o Friburguense por 3 a 0.

No domingo, o Vasco com São Januário em reformas mandou seu jogo em Macaé e venceu o Americano por 2 a 0.

O Glorioso Botafogo deu um susto em sua torcida mas venceu o Resende por 3 a 1.

Outros resultados:

Grupo A
Olaria 0x1 Nova Iguaçu
Madureira 1x0 Macaé

Grupo B
Boa Vista 3x1 Duque de Caxias
Bangu 1x2 Volta Redonda

Próxima rodada:

Grupo A
Sab 28/01/2012 - 17h00 Luso-Brasileiro
Bonsucesso x Madureira
Sab 28/01/2012 - 17h00 Cláudio Moacyr
Macaé x Flamengo
Dom 29/01/2012 - 17h00 Trabalhador
Resende x Olaria
Dom 29/01/2012 - 17h00 Raulino de Oliveira
Nova Iguaçu x Botafogo

Grupo B
Sab 28/01/2012 - 17h00 Eduardo Guinle
Friburguense x Bangu
Sab 28/01/2012 - 19h30 Raulino de Oliveira
Volta Redonda x Fluminense
Dom 29/01/2012 - 17h00 Godofredo Cruz
Americano x Boa Vista
Dom 29/01/2012 - 17h00 Cláudio Moacyr
Duque de Caxias x VAsco

Além do Bonsucesso, acredito que Boa Vista, Volta Redonda, Americano e Friburguense tenham um bom desempenho nesta Taça Guanabara.

Até a próxima se Deus quiser!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

BOTAFOGO 1962 – A VEZ DO FLAMENGO – IMAGENS DO CANAL 100

Foto: Revista Grandes Clubes Brasileiros - Botafogo - Rio Gráfica e Editora S.A.
Continuando a série de postagens de títulos conquistados pelo Glorioso Botafogo (publicamos 48 e 57) agora é a vez do bi em 1962. Timaço que ilustra o Blog de hoje: Paulistinha, Manga, Jadir, Nílton Santos, Aírton e Rildo. Agachados: Garrincha, Edson, Quarentinha, Amarildo e Zagalo. Aliás, Nílton Santos, Garrincha, Amarildo e Zagallo foram titulares da Seleção Brasileira Bi campeã no Chile 1962. Ou seja, bi do Rio de Janeiro e do Mundo.

Maracanã, 15 de novembro de 1962. É uma tarde cinzenta de sábado e o Botafogo, mais uma vez, entra em campo em desvantagem para decidir o Campeonato Carioca. O Flamengo tem 7 pontos perdidos e pode empatar. Flávio Costa, inclusive, parece disposto a garantir o zero a zero, escalando um meio-campo com Carlinhos, Nelsinho e Gérson. Mas o Botafogo tem Garrincha e leva para o campo uma tonelada de superstições. Os seus jogadores, apesar do calor abafado, usam camisas de mangas compridas.

São 9 minutos de jogo e Garrincha avança livre pela direita, depois de driblar Jordan. Quase no bico da pequena área chuta cruzado e marca o primeiro gol do Botafogo.

Aos 33 minutos, a jogada praticamente se repete. Garrincha avança e, da linha de fundo, cruza para a área. Vanderlei se afoba, mete a cabeça na bola e, de nariz, marca contra. Era o segundo gol do Botafogo.

Logo no início do segundo tempo, Zagalo escapa pela esquerda, dá para Amarildo e recebe de volta mais na frente. Da lateral da área cruza para meia-lua. Quarentinha salta e executa um sem pulo. O chute sai tão forte que explode no peito do goleiro Fernando e a bola sobra para Garrincha. É o terceiro e último gol dos 3 a 0.

O Botafogo ganha a partida e o bi-campeonato.

Fonte: Grandes Clubes Brasileiros – BOTAFOGO - 1972

Abaixo, com imagens espetaculares do CANAL 100, Botafogo 3x0 Flamengo.


Até a próxima se Deus quiser!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

BANGU 3x0 FLAMENGO - CONHEÇA A HISTÓRIA E OUÇA OS GOLS.


BANGU, campeão de 1966: 3 a 0 no Flamengo

Campeonato Carioca de 2012 está prestes a começar, mas em 1966 o Bangu Atlético clube formou um timaço e levou o caneco. A Revista Placar contou a história e nós reproduzimos. Ouça os gols na voz de JORGE CURI "o locutor padrão do rádio brasileiro".

Em 1966, o Bangu Atlético Clube conquistou seu segundo título carioca. Na tarde de 18 de dezembro de 1966, o maracanã recebia cento e quarenta mil torcedores para assistirem a decisão do campeonato carioca daquele ano. Mais de cem mil eram torcedores do Flamengo. Eles tiveram que assistir em silêncio o barulho que a pequena torcida do Bangu fazia para comemorar um titulo que perseguia a trinta e três anos. A torcida do Flamengo estava de bandeiras arriadas, enroladas, sem ânimo sequer para perceber que a noite caia e já era hora de ir embora. A festa pertencia ao Bangu. Não importa que não tenha sido uma festa como a torcida queria, sem manchas, limpa, bonita, resultado normal de noventa minutos de excelente futebol. Futebol que poucos times sabiam praticar como o Bangu daquele ano.

O Bangu que chegou a última batalha depois de dezoito jogos, vencendo quinze, empatando dois e perdendo apenas um. Ubirajara. Fidelis. Mário Tito. Luis Alberto e Ari Clemente. Jaime e Ocimar. Paulo Borges. Ladeira. Cabralzinho e Aladim foi o grande time do campeonato carioca de 1966 e muito bem dirigido pelo treinador Alfredo Gonzalez. O Flamengo na decisão era um time cheio de problemas técnicos e psicológicos. Valdomiro. Murilo. Jaime. Itamar e Paulo Henrique. Carlinhos e Nelsinho. Carlos Alberto. Almir. Silva e Osvaldo.

O Bangu construiu sua vitória a partir dos 24 minutos do primeiro tempo. Ocimar, após boa jogada, abriu o placar. Bangu 1x0.



Três minutos depois o Bangu aumenta para 2x0 através de Aladim.



No intervalo, Almir avisou a todos que estavam nos vestiários do Flamengo. "Eles não vão ter volta olímpica".

Foi com esta disposição que o Flamengo voltou para o segundo tempo. E logo aos três minutos Paulo Borges marcou o terceiro gol.



A partir deste gol, o Bangu partiria para uma goleada histórica. O time estava bem, contrastando com um Flamengo que mais lembrava um moribundo. A briga, enfim, somente aquele tumulto poderia transformar o panorama da partida. E mudou...

... Aos três minutos do segundo tempo, os torcedores rubros negros estavam calados. O placar de 3x0 para o Bangu era um sinal evidente da derrota, pois, além da diferença nos números, o adversário dominava o jogo. Os caminhos da reação pareciam fechados. Vinte e seis minutos e tudo estava na mesma. De repente, o futebol acaba cedendo lugar a uma das maiores confusões já registradas no maracanã.

O lateral Paulo Henrique se preparava para cobrar um lateral quando Ladeira tentou impedir e provocou o jogador do Flamengo. Paulo respondeu com palavrões e recebeu uma bofetada do atacante do Bangu. Almir estava ligado na partida e disposto a tudo para não aumentar a humilhação. Era demais para uma tarde só. Primeiro, os frangos de Valdomiro, que mais tarde foi acusado pelo próprio Almir de ter se vendido. Depois, as contusões de Carlos Alberto e Nelsinho. Agora, o tapa de Ladeira. Almir perde inteiramente o controle...


... No meio do campo, o juiz Airton Vieira de Moraes resolve expulsar cinco jogadores do Flamengo: Valdomiro. Itamar. Paulo Henrique. Almir e Silva. E mais quatro do Bangu: Ubirajara. Luis Alberto. Ari Clemente e Ladeira.

Futebol não teve mais. Os banguenses deram a volta olímpica com poucos aplausos. A torcidas do Flamengo vaiava e grita o nome de Almir.

Fonte: Revista Placar
FICHA TÉCNICA

Jogo: Flamengo 0 x 3 Bangu
Competição: Campeonato Carioca - 2º Turno
Data: 18/12/1966
Estádio: Maracanã
Flamengo: Valdomiro, Murilo, Itamar, Jaime, Paulo Henrique, Carlinhos, Nelsinho, Carlos Alberto, Silva, Almir e Osvaldo II.
Bangu: Ubirajara. Fidelis. Mário Tito. Luis Alberto e Ari Clemente. Jaime e Ocimar. Paulo Borges. Ladeira. Cabralzinho e Aladim
Árbitro: Airton Vieira de Moraes
Público: 143.978

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser.

sábado, 14 de janeiro de 2012

DE ONDE SURGIU O NOME BOTAFOGO?


BOTAFOGO era o nome de um instrumento militar que servia para colocar fogo no canhão e remonta ao século XIV, tendo a sua origem primitiva nos candeeiros das Igrejas da Idade Média.
Por BOTAFOGO também era conhecido o artilheiro que ateava fogo ao canhão, utilizando aquele instrumento numa operação sempre arriscada.
BOTAFOGO ainda era o nome pelo qual se conhecia o galeão Português São João Batista, da esquadra de D. João III. Tinha 200 peças de artilharia de grande alcance e o seu fogo era tão cerrado e eficaz que o transformou no mais famoso e melhor barco de combate da Europa.
Quando Carlos V, Imperador da Espanha, precisou enviar contra o pirata Otomano Barbarroxa, uma expedição poderosa, em 1535, pediu emprestado de Portugal o poderoso e temido BOTAFOGO.
Sempre em razão de fatos guerreiros, BOTAFOGO passou a ser alcunha de Família na Península Ibérica. Surgiu então em Portugal a Família BOTAFOGO, da qual veio para o Brasil, ainda no século do descobrimento, o fidalgo João Pereira de Sousa BOTAFOGO.
Como lugar-tenente do Governador-General Antõnio Salema, encarregado da defesa do Rio de Janeiro, João Pereira de Sousa BOTAFOGO cumpriu tão bem suas funções que, como prêmio, recebeu uma sesmaria na Enseada de Francisco Velho – logo conhecida como BOTAFOGO, assim como todo o bairro.
O fidalgo Português também ganhou terras em Inhaúma, e lá ainda são conhecidas a Estrada, a Praça e a Fazenda BOTAFOGO.
Texto: Grandes Clubes Brasileiros – Botafogo.
Praia de Botafogo em 1909 - foto de Malta, arquivo de C.J.Duniop

Até a próxima se Deus quiser.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PARABÉNS STÉFANO!

Foto: Nei Medina.

Neste dia 12 de janeiro, Stéfano de Pinho completa 21 anos de idade; mas quem ganha o presente é o Fluminense-RJ.

Stéfano faz parte do elenco que disputará o certame de 2012. Em Mangaratiba desde o dia 02 deste mês, Stéfano é o “diamante” que o Tricolor das Laranjeiras” apresentará para sua imensa torcida.

Saúde, Paz, Felicidades e muito sucesso em sua caminhada. Que Deus continue iluminando seu caminho para que alcance todos os seus objetivos.

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser.

domingo, 8 de janeiro de 2012

Dr. Luiz Paula Filho, "o mestre Arruda"

Esta matéria foi publicada no site sjonline, em 29 de março de 2011, na 44ª edição da coluna de esportes NO GIRO DA BOLA com Nei Medina. Uma entrevista onde nosso Arruda conta detalhes de sua trajetória esportiva, enriquecendo ainda mais a história. Vale a pena conferir. Com vocês Dr. Luiz Paula Filho, o mestre Arruda.

NGB - Nome completo, filiação e naturalidade.
ARRUDA - Luiz Paula Filho, brasileiro, casado, advogado, filho de Luiz Paula e Terezinha de Jesus Paula.

NGB - Em São João, qual sua primeira equipe, treinador, e em que posição jogava?
ARRUDA - Minha primeira equipe em São João Nepomuceno foi o Mangueira Futebol Clube. Meu primeiro treinador foi o saudoso Sr. Osmar, ex-funcionário do Mangueira. Ele era tipo aquela pessoa que é chamada de pau pra toda obra, pois, laborava como porteiro do clube na sede social, cuidava da piscina, marcava o campo, que na ocasião era onde hoje funciona o Parque de Exposições, cuidava do uniforme do time, massagista, quando algum atleta contundia-se durante a partida, lá estava o Sr. Osmar com uma maleta pequena de madeira, pintada de branco, com uma cruz vermelha, dando aquela assistência ao atleta Daí a poucos minutos, o jogador estava prontinho pra outra. Ele treinava o time infantil do Mangueira, a primeira categoria que comecei no futebol. Era, sem sombra de dúvidas, um abnegado pelo futebol e pelo Mangueira, sua paixão. Era respeitado por todos. Figura marcante. Tipo da pessoa que faz falta. Deixou saudades.

Eu comecei jogando de lateral direito, mas também joguei de zagueiro, lateral esquerdo e depois fui parar no meio de campo, mais precisamente à frente dos zagueiros, dando cobertura AA zaga inteira. Essa posição era denominada alfe direito. Ela exigia que o atleta tivesse vários fundamentos, tais como, marcação, domínio de bola, um bom passe e muito preparo físico. Vou explicar melhor: o esquema adotado pelos treinadores era o 4 – 2 - 4, ou seja, a defesa se compunha de um lateral direito, um lateral esquerdo, um beque central, e um quarto zagueiro; o meio de campo era composto por apenas dois jogadores, o alfe direito e o meia esquerda e o ataque tinha quatro jogadores, sendo dois pontas bem abertos, o ponta direita e o esquerda. As partidas eram decididas no meio de campo, o time que ganhasse a maioria das bolas divididas, certamente ganharia o jogo, porque depois que você deixasse para trás um adversário, sempre sobrava um jogador a mais pra você passar a bola. É importante salientar que a maioria dos times tinha sempre oito ou nove jogadores bons e um ou dois mais ou menos. Resumindo, todos tinham algum desses fundamentos que durante uma partida fazia a diferença. Portanto, não podia vacilar Dificilmente um jogador que atuava no meio de campo errava a quantidade de passes que eu vejo errarem hoje. A explicação para tudo isso é que os técnicos têm receio de se arriscarem, então montam vários esquemas. Tem jogo que entram com um esquema de 3 zagueiros, 4 meios de campo e 3 atacantes; outra hora é montado com 4 zagueiros, 4 jogadores no meio de campo e apenas 2 atacantes. Tem técnico que monta o time com até 5 jogadores no meio de campo, 3 zagueiros e apenas 1 atacante. Assim, congestionam o meio de campo, e, preferencialmente com jogadores hiper preparados fisicamente, mas sem nenhuma criatividade.

NGB - Em qual função você mais se identificou?
ARRUDA - A posição que eu mais gostava de jogar era no meio de campo, de alfe direito, pois eu gostava de estar onde a bola estivesse. No esquema de 4 – 2 – 4 ou de 4 – 3 - 3, os mais usados na época, obrigatoriamente a bola passava nos pés dos jogadores que atuavam no meio de campo, que tinham como função principal ligar a defesa ao ataque.

NGB - Quais times defendeu em São João e quantos títulos conquistou?
ARRUDA - Em São João Nepomuceno joguei pelo Mangueira, Botafogo, Operário. Fui campeão apenas jogando pelo juvenil do Mangueira, que tinha como treinador o Juarez Cardoso. Foi uma partida decidida com o Tupi. O jogo terminou empatado 0 x 0. Ambas as equipes foram consideradas campeãs. O certo era haver outra partida para decidir quem seria o verdadeiro campeão, o que não aconteceu. Então os organizadores do campeonato resolveram proclamar os dois times como campeão, uma vez que terminaram os dois turnos com o mesmo número de pontos. Naquela época foi uma invenção de moda, pelo menos pra mim. Anos depois, no campeonato paulista, aconteceu à mesma coisa, Santos e Portuguesa de Desportos foram considerados campeões do Estado de São Paulo. Daí, chequei a conclusão que a decisão dos organizadores do nosso campeonato de várzea atravessou fronteiras, pois, fora literalmente usada pelos pomposos dirigentes do Futebol Paulista. Tá vendo só.

Joguei no Descoberto Futebol Clube. O Descoberto, diga-se de passagem, tinha um timaço, formado, na sua maioria, por jogadores que já tinham atuado no Tupi, Tupinambás e Esporte, todos de Juiz de Fora. De São João Nepomuceno, apenas eu, o Duda e o saudoso Messias jogaram lá. Havia também alguns jogadores de Descoberto, como o Mazinho, muito habilidoso; o Jair, ponta direita rápido, driblador e goleador e o Antônio, seu irmão, um grande goleiro. O time era dirigido pelo Sílvio Amino, que não media esforços para fazer do Descoberto um time campeão, assim como aconteceu.

Fui campeão também pelo União Esporte Clube de Roça Grande. Eu e o União de Roça Grande formamos um caso de amor. Vou revelar. Em 1973, eu atuava pelo Botafogo que era dirigido pelo finado Dulcídio Soares, o popular Netinho. O Botafogo tinha um bom time e resolveu entrar no campeonato promovido pela Liga Rionovense de Futebol, com sede na vizinha cidade de Rio Novo, que tinha como dirigente principal o Sr. Djalma, figura carismática, formador de opinião e sempre convincente. Nesse mesmo ano, a liga de Futebol de São João Nepomuceno, considerada experimental, resolveu colocar suas mangas de fora, ou seja, promover também o seu campeonato. Por opção, o Botafogo resolveu participar do campeonato promovido pela liga de Rio Novo, a qual já era conhecida e trazia consigo tradições incontestáveis. O time que ganhava o campeonato promovido pela Liga de Rio Novo era considerado o bicho papão. Só participavam times de tradição como o Mangueira, Operário, Botafogo, Leopoldina, Biquense, Pequeri, Guarani, Tibério, 15 de Novembro, Prainha e outros mais. Eu estava inscrito no Botafogo e o nosso primeiro jogo foi contra o Leopoldina de Bicas, aqui em nosso campo. Na semana que antecedeu ao jogo, eu tive uma contusão e levei 6 ou 7 pontos na gengiva, por conta de uma pelada que eu estava assistindo na quadra do Mangueira. A bola veio em minha direção e eu fui dar um susto no garoto que vinha ao encontro dela, daí resolvi a cabecear a bola, o garoto levantou o pé tentando dominar a bola e acabou acertando a minha boca. A brincadeira saiu caro. Eu fui direto para o hospital e tive que ficar com os pontos na boca a semana inteira. No dia do jogo com o Leopoldina, eu ainda estava com os pontos na boca. Isso me atrapalhou a respirar, a correr, a dominar a bola, enfim, eu me perdi em campo. Nosso time era infinitamente superior ao deles, mas naquele dia nada dava certo, pra nenhum de nós, daí amargamos um placar contrário de 3 x 0 em nossa própria casa. Foi um desastre, logo na estréia. Na semana seguinte, o Botafogo folgava na tabela e eu já tinha retirado os pontos na segunda-feira, ou seja, no dia seguinte ao jogo que perdemos para o Leopoldina. Durante a semana, eu treinei separadamente dos demais companheiros, evitei contato com a bola, pois, ainda tinha receio de colocar a cabeça na bola, dominá-la, chutá-la, coisas desse tipo. Como eu gostava muito de fazer exercícios físicos, ia para o campo todos os dias e fazia duas horas, às vezes até duas horas e meia de preparo físico, na maioria das vezes sozinho. Tudo do meu jeito, sem nenhuma orientação de ninguém, ousadia pura. Como o Botafogo folgava na tabela, no domingo de manhã, fui convidado pelo Sr. Alzimar, técnico do União, para assistir a partida de estréia do União, que era contra o Tupi em Roça Grande. Para os jovens a menos tempo do que eu, o Sr. Alzimar, a título de informação, foi um grande técnico de futebol, dirigiu, inclusive o Madureira Futebol Clube, da cidade do Rio de Janeiro, onde, juntamente com seu genitor, conhecido como Bossa Nova, prestaram relevantes serviços aquela instituição futebolística. Na sala de exposição dos feitos conquistados pelo Madureira, presente está o retrato de seus principais vultos, entre eles o Sr. Alzimar e seu pai. Continuando, aceitei o convite e fui assistir ao jogo. O primeiro tempo terminou com a vitória parcial do Tupi pelo placar de 2 x 0. O União tinha um time de respeito, cuja escalação lembro-me bem: Luiz Quirino de Freitas, Aloísio Caetano, Messias, Evandro e Leoci Fan; Laluce, Delei e Duda; Carlinho Babado, Adão e Nenzinho Tereza. No intervalo, o Sr. Alzimar pediu-me que eu colaborasse com ele e mudasse a roupa para jogar. Você pode achar estranho, jogar assim de repente. É que o campeonato era aberto e as inscrições podiam ser feitas até na 3ª rodada, era a primeira, eu assinei a ficha na hora do jogo, ou seja, durante o intervalo, logo após o convite, e tudo bem. O Sr. Alzimar era uma pessoa muito educada, gentil, cortês e acima de tudo convincente, transmitia uma senhora confiança. Pego de surpresa, eu não me contive, pois, além dele, todos os outros jogadores do União, que eram meus colegas de futebol, também insistiram pra que eu mudasse a roupa e entrasse. Não tinha como dizer não. Eu entrei, e logo senti o peso da responsabilidade. Tinha apenas 16 pra 17 anos de idade, considerado uma promessa. Naquele momento senti que eu tinha que justificar a minha entrada em campo. Então me esforcei o máximo que pude, dei sorte, empatamos o jogo 2 x 2, fiz um dos gols e dei o passe para o outro. Fui considerado o melhor jogador em campo. Salvo engano, a Rádio Difusora estava lá transmitindo o jogo e alguns diretores do Botafogo aqui em São João, ouvindo tudo pelo rádio. Eles ficaram irados, alguns até deixaram de conversar comigo durante um bom tempo. Com toda sinceridade do mundo, eu pensei que não haveria problema algum, pois, eram campeonatos distintos e o União, embora tradicional, não era visto como um time de expressão, tanto é verdade que ele estava disputando o campeonato da liga de São João, considerada experimental. Esse fora o meu argumento. Nada disso adiantou, eu fiquei sem ambiente e antes que fosse mandado embora, antecipei minha dispensa, deixando a equipe. Eu não tinha outra opção a não ser continuar jogando pelo União, o que veio a acontecer. O Laluce e o seu irmão Nenzinho então resolveram reforçar o time, ficaram empolgados e trouxeram o Loro, já no final de carreira, como jogava bola; o Tista, o Tumbuta, que jogou apenas uma ou duas partida e depois foi trabalhar na Plataforma Marítima, para quem não sabe, era um dos melhores soldadores da Tekinte, empreiteira da Petrobrás; o Rominho, da vizinha cidade de Bicas, excelente zagueiro que fez dupla de zaga com o Messias; o Fernando, um ótimo centroavante de Cataguases, pra ele não tinha bola perdida e o Getúlio, também de Bicas, centroavante goleador do Leopoldina de Bicas. O plantel ficou recheado de jogadores, as opções eram muitas, o que resultou num senhor time de futebol. O campeonato tinha duas chaves. Fomos campeões invictos da nossa chave e o Descoberto da outra chave. A partida final foi no campo do Botafogo e nós fomos campeões. Ganhamos o jogo de 1 x 0, gol do Tista, depois de uma cobrança de falta do Messias, o goleiro tentou pegar a bola em um só tempo, mas não conseguiu, o chute foi forte, como sempre, a bola explodiu em seu peito e veio em direção ao Tista, com um pouco de velocidade. A bola passou pelo Tista que tinha um ótimo reflexo e mesmo de costas para a bola, usou o calcanhar e trouxe de volta a bola em direção ao fundo da rede. Foi um golaço. Uma explosão de fogos, gritos, batucada e tudo mais que se possa imaginar de uma torcida que praticamente era toda nossa. Foi muita emoção por parte de todos. Isso, mais ou menos aos 20 minutos do primeiro tempo. No segundo tempo o Descoberto partiu pra cima, era tudo ou nada. Nós levamos um sufoco, eu não gosto nem de lembrar. Quando o jogo terminou eu não tinha pernas para caminhar, tive que ser levado nos ombros do José Adário, nosso massagista, uma fortaleza. Esse título foi o mais importante, considero ter sido a chave que abriu as portas para eu jogar nos outros times pelos quais passei, sempre como titular da posição em todos eles.

Tiro de Guerra Anos 70. De pé: Dr. Luís Présia Peres, “Piabinha”, Edalmo Frederico, Dr. Luís Paula Filho, Flávio “tiapa” e Maurício “blunel”. Agachados: Dante Verardo, Cláudio Roberto Manzo, Wilson Frederico, “Gordorinha” e Furiati.

NGB - Sabe quantos gols marcou e se lembra do mais bonito?
ARRUDA - Eu não era muito de marcar gols, como já relatei, eu jogava no meio de campo, trabalhava a bola e punha os colegas cara a cara com o gol, às vezes. Mas de vez em quando dava zebra e eu marcava o meu golzinho, só de vez em quando. Foram poucos, nunca tive a curiosidade de contar.

Sinceramente não recordo de nenhum gol bonito que eu tenha marcado. Emocionante sim, o gol contra o Tupi, quando da minha estréia pelo União, o tal 2 x 2.

NGB - Com qual clube se identificou mais?
ARRUDA - Fiz muitas amizades em todos os clubes pelos quais passei. Sempre tem um que deixa uma marca mais profunda. O Mangueira é clube onde eu fui criado. Pertinho de minha casa. Bastava meus pais descuidarem um pouquinho ou eu enganá-los e lá estava eu na quadra do Mangueira correndo atrás da bola. Tempo bom. Não volta mais! Noutra senda, ser campeão pelo União aos 17 anos de idade foi emocionante, sem deslembrar do moral que eu fiquei. Foi ótimo ter passado por tudo isso, só serviu-me de exemplo pra quase tudo na minha vida. Daí, o Mangueira e o União foram os clubes com os quais eu mais me identifiquei.

NGB - “Hoje foi o meu dia!” Qual partida você terminou com este sentimento? Fale um pouco deste jogo.
ARRUDA - Quando morava na cidade do Rio de Janeiro, trabalhei primeiramente no Banco Nacional. Lá fiz muitos amigos, um deles é o Sr. Geraldo Tibúrcio da Costa, natural da vizinha cidade de Rio Pomba, tesoureiro da ex-agência do Banco Nacional, que ficava na Avenida Suburbana, nº 7.205, Largo da Abolição. Durante uma conversa sobre futebol, eu disse a ele que já tinha jogado bola. Surpreso com a minha resposta, ele então me perguntou por que eu tinha parado de jogar bola, já que era novo e poderia jogar ainda por um bom tempo. Eu argumentei dizendo que havia feito uma opção, trocar a bola pelos estudos e arrumar um emprego que desse pro meu sustento e ajudar meus pais. No bairro onde o Sr. Geraldo morava, Venda Nova, São João de Mereti, tinha um time de futebol que disputava o campeonato da 3ª divisão da cidade do Rio de Janeiro, de nome Fraternidade. Eu tinha conhecimento, mas não dei muita importância, ou melhor, nenhuma. O Sr. Geraldo então comentou com o treinador, Sr, Abílio, seu amigo e vizinho eu jogava bola, pois, durante os intervalos, no café, eu conversava muito com o Sr. Geraldo a ponto de revelar pra ele o meu envolvimento com o futebol. O Sr. Abílio era um apaixonado pelo futebol, Vasco da Gama doente. Ele dirigia o time que ia de mal a pior no campeonato. Um dia eu assistir a um jogo amistoso do time no campo do Vasco, em São Januário, contra o time do Mavilis, cujo campo, situado atrás do Cemitério do Caju, tinha um piso de dar inveja, não sei hoje. Eu morava em São Cristovão, na Rua Olímpio de Melo, era um pulo até o campo do Vasco. Esse jogo foi arrumado pelo Sr. Abílio que era sócio e um dos conselheiros do Vasco, salvo engano. O jogo foi realizado numa quinta-feira, às 19:00 hs, era aniversário do Vasco que ganhou do Santos pelo placar de 3 x 0, no jogo principal, às 21:00 hs., e, o jogo preliminar seria entre os times do Fraternidade e Mavilis. Eu chequei cedo, por volta das 17:30 hs. Logo, chegou o pessoal do Fraternidade, inclusive o Sr. Geraldo, meu amigo. Eu acompanhei a turma até o vestiário, ajudando a carregar o material e tudo mais. O Sr. Geraldo pediu que eu ficasse para ajudá-lo na distribuição dos uniformes, ele era uma espécie de roupeiro do time. Eu até que gostei da idéia, era uma oportunidade de assistir ao jogo à beira do gramado. Mas eu notei um clima estranho, o Abílio estava um pouco agitado. Então resolvi perguntar ao Sr. Geraldo o que estava acontecendo. O Sr. Geraldo virou pra mim e disse: eu sabia que esses caras iam dar bolo, eles sempre tremem com a presença de muita gente. Ele estava se referindo a alguns jogadores do time, considerados peças fundamentais, segundo o Sr. Geraldo. Eu mesmo ainda não tinha visto nenhum deles jogar. Enfim, alguns deram bolo na turma desfalcando o time. O Sr. Geraldo, meu amigo, disse ao Sr. Abílio eu poderia jogar no lugar de qualquer um deles. Pra mim o Sr. Geraldo só estava brincando. Quando eu dei por conta, o time só tinha 10 jogadores, muitos faltaram, em verdade tremeram. Pela segunda vez, em minha passagem pelo futebol, eu fui pego de surpresa. Então eu me lembrei do convite do Sr. Alzimar. E fiz uma comparação, qual seja, o Sr. Alzimar me convidou, já o Sr. Abílio me obrigou. Bom, mais uma vez eu não tive opção. Fui pro jogo, fiquei empolgado e corri bastante. O estádio começou a encher e minha vontade de jogar bem aumentou ainda mais. Naquele dia sim, tudo deu certo, nós ganhamos o jogo de 4 x 3 e eu não decepcionei o Sr. Geraldo. Joguei bem e marquei o gol da vitória. Quem diria!

NGB - Escale o melhor time em que jogou.
ARRUDA - Joguei em muitos times bons, mas vou escalar o time do União, campeão de 1973 - Luiz Quirino de Freitas, Aloísio, Messias, Rominho e Leoci Fan, Arruda, Delei e Duda, Carlinhos Babado, Tista e Loro. Também faziam parte desse elenco o Getúlio, Nenzinho, Laluce, Evandro, José Adário, os irmãos gêmeos, carinhosamente conhecidos como macaquinhos, e outros mais, tendo como Técnico Sr. Alzimar.

NGB - Atuou no futebol profissional? Caso afirmativo, fale como chegou ao primeiro clube e em qual período?
ARRUDA - Não. Apenas treinei no Juvenil do Cruzeiro, quando fui levado pelo S. Hélcio Fan, natural de Roça Grande, ex-diretor de futebol do Cruzeiro, maravilha de pessoa, faz falta. Tive problemas em continuar lá, pois, meu pai não queria que eu fosse jogador de futebol. Apesar de gostar do esporte, nunca foi a campo me vereu jogar, tinha medo que eu machucasse. Sentiu a minha ausência e eu a dele. Além de pai e filho, éramos amigos de verdade. Eu não me contive e deixei tudo pra trás. Ele precisava de mim e eu dele, pois, minha mãe tinha falecido recentemente e ele sentiu por demais a sua ausência, assim como todos nós filhos. Bastou eu telefonar pra ele e a vontade de vir embora invadisse meu coração. Eu não me arrependi nem um pouquinho, tinha certeza absoluta que eu seria infinitamente recompensado pela obediência e carinho que tinha pelo meu pai. Acho que por conta disso Deus iluminou ainda mais meus caminhos.

Também tive uma experiência quando fui indicado pelo Francisco, o meu amigo Piorra, para fazer um teste na Esportiva de Guaratinguetá, cujo treinador na época era o Sr. Henrique. Fiquei por lá mais ou menos uns 2 meses. Mas resolvi vir embora, assim do nada. Foi difícil, pois, eu estava bem lá. Quando eu pedi dispensa os dirigentes dificultaram a minha saída, eles pensavam que eu havia recebido proposta de outro clube. Mas eu expliquei a minha situação e tudo deu certo.
Master do Operário - 1990. De pé: Dem, José Edalmo, Pachoal, D'Angelo, Pernão, Paulo Afonso e Nazaré. Agachados: Anésio, ARRUDA, Chimbria, Mílton, Barrica e Zinho.

NGB - Como foi esta experiência?
ARRUDA - A experiência foi ótima. Serviu pra saber o peso de uma responsabilidade, no meu caso, em todos os sentidos. Você vê e passa por muita coisa. Tem que ter a cabeça no lugar e não no pescoço, caso contrário, você se perdi. Nessas horas, a estrutura familiar pesa.

NGB – Um fato engraçado, ou curioso, de uma partida que tenha participado ou outros casos que viu.
ARRUDA - Havia aqui em São João um time que fora formado pelo Nico Barbeiro, Alegria, se não me falha a memória o Valdir Gomes e outros mais. A esse time foi dado o nome de Estrela Vermelha. Nele atuavam os melhores jogadores da cidade, aqueles que jogavam no Mangueira, Botafogo e no Operário. Sempre quando esses times estavam desativados, à espera de outro campeonato, o Estrela Vermelha a parecia com aquele timaço e ganhava de todo mundo. O time ficou famoso, todos os times da região o convidavam pra jogar. Os dirigentes do Estrela Vermelha atendiam ao convite de todos. Certa feita, o Estrela foi convidado para jogar com o time do Lima Géo, uma fazenda antiga que fica entre São João e Rio Novo. O proprietário da fazenda gostava muito de futebol e sempre quando o time dele ganhava algumas partidas ele achava que o time estava bom a ponto de enfrentar um time sempre melhor que o dele e vencer, daí convidava um time bom, como era o do Estrela Vermelha. Convite aceito. O Estrela, naquela época, tinha como treinador o Sr. Rosemburgo. Uma pessoa belíssima amava conversar sobre tudo, principalmente futebol. Estudioso no assunto, inteligente, armava táticas, conselheiro, homem bondoso, correto, um excepcional ourives. Sua oficina era o ponto de encontro dos boleiros da cidade. Conseguir um lugar pra ficar em sua oficina era difícil, tinha que chegar cedo. Rolava uma conversa saudável, prendia a atenção de qualquer pessoa. Era como se você estivesse lendo um bom livro e cada vez mais ele te segurava. O nosso amigo Sebastião Bode, exímio mestre cuca, era o lateral esquerdo do time. Por razões desconhecidas, após a preleção, Rosemburgo deu início à escalação do time e para surpresa de todos ele escalou apenas 10 jogadores, não citando o nome do Sebastião Bode. Todos ficaram surpresos com a sua postura, então ele disse. “o esquema hoje é com 10 jogadores, apenas”, deixando assim o Sebastião Bode de fora. Não demorou nada e o tempo fechou antes do início da partida. Aí foi preciso a participação da turma do deixa disso. Eu confesso que nunca mais vi uma coisa dessas. Foi mesmo muito engraçado. Mas tudo terminou bem e o Sebastião Bode acabou jogando. O Rosemburgo, em matéria de futebol, às vezes era perfeccionista, além de gostar dar uma de inventor. Mas a verdade é que ele sabia tudo de futebol. Dirigiu várias equipes. Era, acima de tudo, um homem admirado e respeitado por todos. Também faz muita falta.

NGB - Disputa torneio de futebol máster ou parou definitivamente?
ARRUDA - Estou com 55 anos de idade, jogo a minha bolinha tranquilamente. Optei pelo futebol socyte, duas vezes por semana, sempre à noite. Ainda não parei. Disputar o torneio máster seria legal. Mas os jogos sempre começam com horas de atraso. Você perde o dia com isso e na maioria das vezes joga no horário de 10:00 hs. ou 11:00 hs., exposto a um sol de lascar. Não, não, não! Hoje eu só quero é sombra e água fresca.


NGB - Torce por qual time no futebol brasileiro?
ARRUDA - Clube de Regatas Vasco da Gama. O time da colina. Você conhece?

NGB - Acredita que o Mano Menezes é o técnico ideal para a renovação de nossa seleção brasileira de futebol?
ARRUDA - Sim. É pessoa séria. Sua trajetória é identificada pela coerência. Os dirigentes da CBF escolheram bem. Porém, é preciso conscientizar que o resultado do trabalho é a longo prazo. Partindo dessa premissa, a paciência é a palavra da ordem. Calma que ele tem tudo pra dar certo.

NGB - Atualmente, escale os onze titulares da sua seleção.
ARRUDA - Jeferson-Botafogo, Léo Moura-Flamengo, Dedé-Vasco da Gama, Chicão-Corinthians e Cléber-Internacional. José Luís-Atlético Mineiro, Arouca-Santos, Ganso-Santos, Neymar-Santos, Ronaldinho Gaúcho-Flamengo e Liédson-Corinthians. Optei por escalar jogadores que estão jogando no Brasil.

NGB - Uma mensagem para os jovens atletas que estão iniciando no futebol.
ARRUDA - Atenção rapaziada, se conselho fosse bom ninguém dava, vendia. Mas conselho é pra lá de bom, de graça, melhor ainda. Na vida a gente pensa em ser muitas coisas, mas na maioria das vezes vem a desistência, por formarmos uma opinião de que não vamos conseguir. Ledo engano. Todos podem ser sim, aquilo que realmente querem ser. A persistência e a humildade abrem qualquer porta. Persistência é luta, humildade é saber que a luta é verdadeiramente difícil, mas nunca impossível de ser vencida. Esse tipo de vida é sólido, é o tal de ter os pés no chão. Portanto, temos que conscientizarmos de que na vida nada cai do céu. Tudo de que precisamos está na terra, principalmente a fé. É preciso acreditar; pensar sempre mais antes de tomar qualquer decisão; procurar errar menos; sempre fazer um favor pra alguém.

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser.

domingo, 1 de janeiro de 2012

WELLINGTON FAJARDO é o técnico do Villa Nova-MG - 2012

Jairo Gomes, Presidente do Villa Nova Atlético Clube - Nova Lima-MG, começou o ano de 2012 presenteando seus torcedores com diversas contratações, que serão de suma importância para a temporada que se inicia.
Wellington Fajardo, de competência e caráter inquestionáveis, foi o escolhido para comandar a equipe. Conversei com Wellington, por telefone, onde falou da sua satisfação em assinar contrato com o Leão do Bonfim.
“Estou muito otimista quanto a disputa do Mineiro-2012, pois o Clube de Nova Lima, além de excelente estrutura para se trabalhar, possui uma ótima base formada em 2011 e realizou grandes contratações para este ano, entre eles o meia Francismar (América –MG, Cruzeiro, Japão...) e o zagueiro Álvaro (Internacional-RS e Flamengo-RJ) entre outros.”
Francismar e Álvaro

Como técnico, Wellington é reconhecido por marcas históricas como o título de Campeão da Taça Minas Gerais 2008 pelo Tupy de Juiz de Fora e também a maior série invicta do Tupy Football Club de 23 partidas entre 2001 e 2002.

Sem falar que como técnico do Uberlândia Esporte Clube, nas 29 partidas, Welington Fajardo jamais perdeu em casa.

Em 2008, campeão da Taça Minas Gerais, primeiro título do Tupi a nível estadual em 96 anos de história, classificando-o para a Copa do Brasil 2009. Campeonato Mineiro 2009, assumiu o Uberlândia na lanterna do campeonato e conseguiu livra-lo do rebaixamento.
Fonte: grade área – futebol interior

Além do meia e do zagueiro, o diretor de futebol, Pedro Júnio, confirmou o acerto com o atacante Caio Tavera, 24 anos, que estava no Marília-SP. O jogador foi revelado nas categorias de base do Cruzeiro e já teve uma experiência internacional no Atalanta, da Itália. O Villa também acertou as contratações do lateral-esquerdo Zé Rodolpho (27 anos), do atacante Eliandro (21 anos) e do goleiro Élisson (24 anos). O elenco se apresenta, amanhã(2 de janeiro) ao técnico Wellington Fajardo quando seguirão para à pré-temporada no Município de Pompeu-MG.
Fonte: site oficial do Villa Nova
Fotos: Villa News Notícias.

O Villa faz sua estréia no campeonato mineiro-2012 no dia 29 de janeiro, fora de casa, na cidade de Divinópolis, contra o Guarani.

Toda sorte do Mundo ao nosso amigo e profissional competente Wellington Fajardo. Estamos torcendo por você!

Abraço especial ao, também, meu amigo Lucas Fajardo(filho e fã nº 1 do Wellington) e até a próxima se Deus quiser.