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Nascido em São João
Nepomuceno, no dia 02 de abril de 1914, Neca teve 12 filhos. Do primeiro
matrimônio, José Luiz e Olívia Maria. Depois, casou-se com Ernestina de
Oliveira Silva e teve mais dez: Saulo, Simão, Estevão, Tiago, André, Débora,
Betânia, Macedônia, Junia e +Sarah.
Atleta de estilo e rara
categoria, jogava com elegância no intuito de agradar o torcedor. Neca atuou
pelo Botafogo, Mangueira e Operário. No início da década de 40 foi jogador de
futebol profissional do Bangu Atlético Clube do Rio de Janeiro. Após se
desligar do time de Moça Bonita, especializou-se na arte de pintar paredes. Era
requisitado pela alta sociedade Carioca, tal sua habilidade e perfeição no acabamento com
pinturas.
Devido o cuidado com
a saúde, Neca prolongou sua participação no futebol. Tanto é que, no final dos
anos 40, Dr. Mário Zágari resolve trazê-lo para reforçar o time Baeta.
Heber, Moacir Delgado,
Egon, Neca Beraldo e Deco Mendes.
Conversando com
Paulo Gotti ele relatou o seguinte: “Lá
pelo início dos anos 50, Dr. Mário
Zágari cansado de perder para times de Rio Novo( Botafogo, Operário e Mangueira
encontravam dificuldades contra os times Rionovenses ), e, também, na intenção
de incrementar o futebol de São João, trouxe de volta o Neca Beraldo que seria
um reforço e tanto para o time Baeta. Neste mesmo período, o 15 de Novembro de
Rio Novo tinha um ponta esquerda de nome ou apelido Gegeno. Ele era funcionário
do Estado e, nas horas de folga, levava
pães de Rio Novo para o comércio de Furtado de Campo. Pois bem! Jogo marcado na
cidade de Rio Novo para 15 de Novembro e Mangueira. O primeiro tempo mostrava
um jogo equilibrado até que Neca, estrela principal do Mangueira, passou por
dois adversários e fez o gol. Na comemoração passou pelo Gegeno e disse: “
Manoel Saturnino da Silva, o Neca, Mangueira 1 a zero.” Gegeno, humilde, ouviu
calado.
Recomeçado o jogo, não demorou muito para
o 15 de Novembro empatar. Gegeno pegou a bola e, também, driblou dois ou três,
entrou na área do Mangueira e fez um golaço. Após o gol, Gegeno voltava para
nova saída de bola quando passou pelo do Neca e disse: “Gegeno, entregador de
pão Rio Novo/Furtado de Campo; 1 a 1.” Paulo Gotti.
Fã da nobre arte, o
boxe, Neca gostava de simular golpes de direita e esquerda, com cruzados, jeb,
diretos e ganchos. “ Olha a cutelada hein!” Referindo-se a uma cotovelada... Sempre
terminava as frases verificando se estávamos entendendo o que ele falava: “
compreende?
Raimundo Afonso, o Macu, conviveu com ele no
tempo das peladas na quadra do Mangueira e, também, nos treinos de boxe na casa
do Neca.
“O
Neca levava eu e o Claudinho Manzo para treinar boxe na casa dele. O Simão e o
Saulo também participavam. De luvas, o Neca soltava o braço.
Um
dia, o Neca deu uma no Claudinho que caiu meio desacordado e o sangue escorreu.
Aí eu gritei: O Claudinho morreu! O Neca foi lá dentro, trouxe um balde d’agua e
jogou na cara dele dizendo: Morreu não! O Claudinho levantou meio “zonzo”. Eu
saí correndo, pulei a janela, e até hoje não voltei lá.” Finalizou Macu dando
gargalhadas.
Desculpem mas não sei o nome de todos. Só conheci o Dr. Renê Mendonça(2º agachado da esquerda para direita) e o Neca( o 4º agachado da esquerda para direita)
O Neca era muito
brincalhão e nervoso também. Sabendo disso, a turma aproveitava. Ílio da Silva
Pinto, o colero, também tem um “causo”
“Foi
um Mangueira e Botafogo no antigo campo atrás da Igreja Matriz. Eu jogava pelo
Botafogo e o Neca, já estava em final de carreira, jogava pelo Mangueira. Nilo,
filho do Nilo Rocha, jogava do seu lado. O goleiro do Mangueira chutou uma bola
para frente. O Nilo saltou e não conseguiu alcançá-la. Ela passou e quando o Neca
ameaçou ir na bola eu puxei de calcanhar e disse: Sai pra lá “negão”! Você é
bananeira que já deu cacho. Ele ficou muito bravo e me procurou o jogo todo
para me dar um sacode.” Terminou sorrindo.
Operário Futebol clube - Pepé, Schimith, Tuca, neca e Gabriel
Obrigado aos amigos Paulo Gotti, Raimundo Afonso e Colero
pela colaboração nos “causos”. Também ao amigo/irmão Eduardo Ayupe pelas fotos que ilustram este blog e Junia Malta da Silva pelas informações
sobre seu Pai.
Teófilo Barbosa, Cacau, Edalmo Pimentel,
Bimba, Lelé, Heleno”Preto”, Gregório e Carradinha.
Agachados: Braz”Peru”, Floretinho, Neca,
Gabriel e Wanderlei.
Abraço a todos e até
a próxima se Deus quiser!
Meu pai Manoel Saturnino,
ResponderExcluirÉ um orgulho de ver a matéria que nosso querido Amigo Nei Medina publicou sobre sua vida e do homem honrado que ele foi.Um grande exemplo pra nós que somos filho.E pros amigos uma grande lembraça,Obrigada.
Muito bom, espetacular, tanto esta como todas as outras matérias que contam a história do futebol de SJN, futebol este que não existe mais com charme e história como no passado.Estou gostando e esperando mais novidades como Bezerra, Claudinho Manzo, Totonho, Zim Caieira, etc, etc etc, porque tem muitos nomes e também uma história dos clubes, porque não, clubes estes que estão sendo esquecidos.
ResponderExcluirCezar
Daqui a exatamente três anos o Mangueira completa seu centenário, será que os desportistas da cidade, o poder publico, a imprensa vão deixar passar em branco?
ResponderExcluirCezar
Valeu Junia e Cezar!!! Também já escrevemos sobre o Claudinho e o Zim... Ótima lembrança sobre o Mangueira. Ficaremos atentos. Abração.
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