Mangueira1x2 Botafogo 24.05.59
Tesourinha, Paiva, Quirino, Zé Heleno, Zé Acrísio, Ivan e Ribita.
Wanderlei, Sebastião Matos, Colero, Pilintra e Brazinho
Talvez, até
hoje, a entrevista mais difícil. Colero sempre se esquivava dizendo: “Depois a
gente conversa.” Desta vez, não foi diferente. Quando me aproximei, ele disse :
“Hoje estou muito nervoso. Não quero falar nada.” Mas como foi amigo do meu
saudoso Pai e, também, trabalhou comigo no
Banco de Crédito Real, disse-lhe: Conversando você se acalma... E, a partir de
agora, saberemos que Colero nasceu no dia 21 de abril de 1937, e deu seus
primeiros passos no cenário futebolístico, aos 14 anos, treinando no juvenil do
Operário Futebol Clube sob o comando do Sr. José “Embaúba.”
“Depois fui
para o Mangueira treinar com o Sr. José Américo Campos. No Baeta cheguei a
jogar no segundo quadro e tive a oportunidade de enfrentar o Botafogo. Perdemos
por 4x0.”
BOTAFOGO
Este jogo
entre Mangueira e Botafogo foi a última partida do campeonato. Terminada a
competição fui jogar no juvenil do Botafogo; Clube de onde nunca mais sai.
FATO MARCANTE
“Participei
da primeira goleada da história entre Botafogo e Mangueira. Foi no campo do
Botafogo, e, vencemos por 5x0. Marquei um gol do meio campo. Aconteceu uma
falta e o Zé Heleno queria bater. Eu antecipei e soltei o pé. O Sebastião Matos
também marcou; fez dois. Na oportunidade, o Bezerra se machucou e colocaram o
Zé Ronaldo no gol. Eles tinham que ter colocado o Raul no meio de campo para me
marcar. O Mangueira optou por deixá-lo na lateral direita e eu deitei e rolei.
Me marcar
era difícil, pois, eu não parava mesmo. Era enjoado, mau, não era burro...“ Finalizou
sorridente.
Outro jogo
marcante foi em Bicas. Digo marcante porque era difícil vencer o Sport em Bicas.
O goleiro deles era o Pedro”lençol” e nós vencemos por 1x0. Gol meu.
Também
participei do jogo em que o Botafogo venceu o Mangueira pela primeira vez em
seu campo. Onde, hoje, é o Parque de Exposição. Vencemos por 2x1. ( FOTO ).
Na verdade,
perdi poucas partidas para o Mangueira.
Na véspera dos jogos, qual
jogador que lhe tirava o sono? Por ser bom marcador ou desleal.
Zeuks. Era
de Juiz de Fora e jogava pelo Sport ou Leopoldina de Bicas. Um ótimo zagueiro.
UMA PASSAGEM ENGRAÇADA
“Eu morava
em Muriaé e jogava no Paulistano; time de lá. E vim a São João para um jogo
contra o Mangueira. Na verdade, me confundi, pois, a partida era amistosa
contra o Serrano de Bicas. Como não estava treinado, o técnico Ari Teixeira me
disse que não haveria possibilidade de me escalar: “Se alguém te ceder a vaga,
aí sim, você pode jogar.” Disse o Ari. Fui perguntando um por um pra ver se
alguém deixava eu jogar. Adivinha quem deixou eu jogar no lugar dele? O bobo do
seu Pai. Ganhamos de 10 a 0 e nunca mais sai do time.”
Gabriel
Nascimento, saudoso e amado Pai, é o bobo a quem ele se refere. Era amigo dos
amigos.
OUTROS TIMES
Joguei pelo
Pombense e América de Rio Pomba, Paulistano de Muriaé, fui campeão com o time
do Banco Credireal em Juiz de Fora, São Paulo e Niterói. Joguei no 15 de
Novembro de Rio Novo, Flamenguinho de Carlos Alves, Coronel Pacheco. Joguei em
um monte de time.
SELEÇÃO DE SÃO JOÃO NO PERÍODO EM
QUE COLERO ATUOU.
“Goleiro eu
convocaria um monte. Onei (Ratinho) foi um senhor goleiro. Mas não posso
esquecer do Quirino, Bezerra(dentro da área era tudo dele), Barrosão e
Welington Itaborahy. Laterais: Miguel Pullier, Heleno”preto” e Paiva pela
direita; Ribita e Milton(irmão do Paiva) pela esquerda. Zagueiros: Zé Marcelo e
Kim Kim (irmão do Gilson “dura”). Meio campo: Memé, Sarrafo, Mesquita, Gabriel
Nascimento, Vadinho Louzada e Neca Beraldo. Atacantes: Carlinho Chimbira, Wanderlei
de Itamarati de Minas, Sebastião Matos,
Jair(irmão do Tuca), Roque”da Manoelina” e Moacir Delgado.
Zé Acrísio, Onei, Paulo Onofre, Zé Heleno, Adalto, Alfeu, Valéria Velasco e Milton.
Arlindo, Nílton, Colero, Sebastião Matos, Vanderlei e Zé Geraldo.
Obrigado ao
amigo Colero pelo carinho e atenção.
Abraço a
todos e até a próxima se Deus quiser!
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