Páginas

sexta-feira, 6 de abril de 2012

HELENO, o filme! Elogios e Críticas.


Assisti ao filme do Heleno. Rodrigo Santoro, ESPETACULAR! Conseguiu ser o jogador, foi gentil, foi agressivo e temperamental, foi doente. Muito bom!
Equipe de fotografia e maquiagem, parabéns pelo belo trabalho.

Entendo que a idéia do filme era mostrar o Homem Heleno e NÃO o jogador de futebol.

Mas na minha ignorância de crítico de cinema, vi uma história de um jogador de futebol que fez sucesso nos anos 40 e que era viciado em tabaco, éter e sexo. Nada mais.

Acredito que quem não conhece a verdadeira história de Heleno de Freitas saiu da sala de cinema com esta impressão. Um jogador viciado em tabaco, éter e sexo.

No filme tem uma cena mostrando a estréia dele no Botafogo.
*** Poderia aparecer um repórter dizendo que Heleno estava substituindo Carvalho Leite, o maior artilheiro do Botafogo de todos os tempos.

Em determinado momento aparece Heleno triste pela perda de mais um título.
*** Poderia ser destacado que mesmo não sendo campeão de 1942, Heleno foi o artilheiro da competição com 28 gols. Marca nunca superada, e nem igualada, por nenhum outro jogador do Glorioso, até os dias atuais.

Outra cena mostra Heleno se preparando para o Sul Americano em Santiago do Chile.
***Poderia também dizer que o Brasil não foi campeão, mas Heleno foi o artilheiro e eleito o melhor jogador da competição.

Também, mostra Heleno voltando da Argentina depois do fracasso ao defender o Boca Junior da Argentina em 1948.
***Poderia, junto com este detalhe, dizer que a estréia de Heleno foi um triunfo. O Boca não vencia a oito rodadas e Heleno marcou dois gols na vitória do Boca sobre o Banfeld.

### Detalhe: os responsáveis pela “película” perderam uma oportunidade impar, única, de homenagear, em vida, um dos maiores e mais respeitados cronista esportivo do Brasil que foi Luiz Mendes.
Ao lado do mineiro Geraldo Romualdo da Silva, Mendes transmitiu pela Rádio Globo do Rio de Janeiro, a estréia de Heleno. Lamentável.
*quando o filme foi produzido Mendes ainda estava entre nós.
*Abaixo, uma entrevista de Luiz Mendes a Rádio Difusora AM de São João Nepomuceno-MG


E para finalizar, mostraram Heleno brigando com Flávio Costa, técnico do Vasco da Gama e da Seleção Brasileira.
*** Poderiam aproveitar e mencionar que Heleno foi campeão Carioca em 1949 pelo Clube de Regatas Vasco da Gama. Fez parte do Expresso da Vitória. Atuou em 12 partidas e marcou 10 gols.

DAVA PARA UNIR O HOMEM E O ATLETA.

Em resumo: volto a repetir... Entendo que o objetivo do filme é mostrar o Homem Heleno. Mas quem quiser saber da verdadeira história do Homem e do jogador Heleno de Freitas, leia o livro “nunca houve um homem como Heleno” do jornalista e escritor Marcos Eduardo Neves ou acesse neimedina.blogspot.com.

Abraço a todos e até a próxima se Deus quiser!

7 comentários:

  1. Querido Nei,

    Li de um conhecido Botafoguense, que entendeu o filme como você está descrevendo. Deveríamos saber disso, mas ainda bem que temos você, pois postarei isso ao0nde eu puder.

    Mas, olha, eu não saí do filme com a impressão que acha, não..Eu saí do folme vendo um homem que morreu também pelo Botafogo. Que fez do Botafogo a sua vida.

    Fiquei muito feliz pela crítica rigorosa da parte do O Globo com o bonequinho batendo palmas! Que interpretação, que escândalo de filme lindíssimo! Chorei durante, depois, e saí chorando.

    Contina dentro de mim o Heleno de Freitas, o MAIOR, e que merece estátua, merece uma homenagem do Botafogo com o Luiz Eduardo e as tres filhas, netas de Heleno. Qualquer coisa feita para ele, será sempre muito pouco perto do amor que ele teve e que mostrou pelo Botafogo.

    Um grande beijo no coração

    ResponderExcluir
  2. Fico feliz por ter visualizado de outra forma. Sinal que fui rigoroso na análise.Como Botafoguense e, também, fã do Heleno, a gente quer sempre mais. Sabe como é né.
    Fique com Deus!

    ResponderExcluir
  3. Meu prezado amigo e historiador são-joanense Nei Medina. Concordo com você em gênero numero e grau, mesmo não tendo assistido o filme, o qual tenho impressão que não vou ver.Mas respeito Malu Cabral, que é botafoguense impar.
    Sinto-me orgulhoso por você ter esse conhecimento sobre esse são-joanense brilhante, parece que você o viu jogar. Entendo sua posição, ser botafoguense não é uma escolha é virtude.
    Parece que a desgraça dos homens é mais importante para as bilheterias. Ledo engano, pois as mazelas são deprimentes, fazem-nos chegar as lágrimas como Malu. Prefiro pensar e imaginar no que ouvi do grande Luis Mendes, quando estivemos em sua residencia em Copacabana Rio e que mais tarde em entrevista disse a você também. Contudo parabéns mais uma vez. Ah! EU PREFIRO DIZER: SOU DA TERRA DE HELENO DE FREITAS, O PRÍNCIPE DE CHUTEIRAS DO MEU AMIGO NEI MEDINA E DE TODOS OS BOTAFOGUENSES.
    Parabéns!!

    ResponderExcluir
  4. Só sendo botafoguense doente, que nem vocês, para gostar desse filme. Apesar da parte técnica, que é excelente, e da maravilhosa interpretação de Rodrigo Santoro, o filme peca em não explicar nada sobre Heleno direito, em ser vazio e mostrar cenas confusas que não comunicam emoção. O que Heleno cheirava naquele pano? Quem era a família dele,como eram os cartolas daquela época, como era a sociedade carioca, como Heleno jogava? Enfim, saí do cinema como entrei em relação a Heleno. Ou melhor, pior, com a sensação de ter perdido tempo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. ANÔNIMO, você não leu a matéria que escrevi. Se tivesse lido, não postaria este comentário. Não gostei do filme!

      Excluir
  5. Helenize de Freitas9 de julho de 2012 às 12:11

    Oi Nei.
    Parabéns pela matéria sobre o filme HELENO.Também concordo com tudo que disse.Eu tive vontade de sair da sala de cinema várias vezes.Aquele não era o HOMEM em quem eu me espelhei para chegar a seleção brasileira de voleibol,tampouco o tio carinhoso que tivemos a felicidade de conviver,mesmo já estando doente.
    Aplausos para Rodrigo Santoro,que se esmerou em sua atuação.
    Acho que nós sanjoanenses merecíamos mais respeito pelo ídolo de nossa terra rão querida.
    Um grande abraço.

    ResponderExcluir